terça-feira, 15 de dezembro de 2009
EMBAIXADA CIGANA DO BRASIL
Embaixada Cigana do Brasil - PHRALIPEN ROMANI - SAO PAULO (SP)
A Embaixada Cigana do Brasil Phralipen Romani é uma Sociedade Civil, sem fins lucrativos, de caráter social, cultural e assistencial, que objetiva diminuir as diferenças através da cultura. Somos pessoas imbuídas de um mesmo ideal: resgatar, fomentar e preservar a cultura cigana (que é nossa própria identidade) e auxiliar os membros de clãs que ainda encontram obstáculos de acessibilidade à cidadania (documentos de identificação civil), à saúde pública e ao ensino. Além disso, existem as dificuldades relativas à inclusão cultural e à preservação das tradições e do patrimônio cultural que também fazem parte de nossa meta no sentido de: Defender, recuperar e valorizar a história e as tradições étnicas e culturais do nosso povo assim como proteger os direitos patrimoniais consuetudinários e o patrimônio cultural e intelectual do povo cigano. Através de planejamentos a entidade desenvolve projetos e ações voltadas aos membros de clãs menos favorecidos dando a eles a oportunidade de práticas de cidadania. Assim como, também desenvolve projetos voltados aos não-ciganos visando, através da cultura, diminuir os preconceitos e criar a possibilidade de integração social. Beneficia famílias ciganas ou não-ciganas de baixa-renda, com assessoria educacional, legal e psicológica. Composta por representantes de vários clãs ciganos e colaboradores de cultura não-cigana, valoriza o processo de construção de uma sociedade justa.
Nicolas Ramanush Presidente
domingo, 22 de novembro de 2009
Romani Book: Torn Away Forever
In this book, written in the traditional Gypsy style of family biography, Yvonne Slee gives us a collection of stories about her ancestors who lived in Germany in the twentieth century. She begins with her great grandfather, called August, "torn away" from his Gypsy relations to be adopted into an uncaring family with a vicious stepfather. Running away at 15, August finds employment and friendship amongst Gypsies who teach him how to survive, and eventually marries a German woman and raises a family, including Elsa, Yvonne's grandmother. They adopt a disabled Gypsy boy called Freddy. As a half-Gypsy, with dark skin and long black hair, Elsa experiences racism at school, where her plait is cut off during a lesson by a spiteful classmate. She finds solace playing with friends in a nearby Gypsy encampment.
Conditions in Germany during First World War force Elsa's mother to go to the woods to pick berries and nuts, while August hunts for animals. In the 1930's, Elsa notices ethnic families being taken from their homes to be "rehoused." Each time a truck appears in the street, her mother grabs Freddy and hides at the home of a friend, while August disappears till the danger passes. Eventually, Freddy is snatched away by the authorities and put in a home for the handicapped. The family eventually discover the dreadful truth - he has been sent to a concentration camp and gassed.
Elsa marries an anti-Nazi called Willy, who is called up during the Second World War. After he is killed at the front, Elsa is left to bring up their young children alone. Almost arrested for being non-Aryan, she is rescued by an acquaintance, and lives out the rest of the war living on food she gathers from the forest. Surviving bombs, semi-starvation, and the destruction of her home, Elsa lives to the age of 80. Despite its sad theme, the book has many lively incidents. Elsa is almost gored by a bull, narrowly escapes drowning, and uncovers a butcher's pet-stealing scam. Yvonne Slee writes with compassion about a family surviving the Holocaust and war.
Janna Eliot. London, UK
Link: http://cgi.ebay.com.au/ws/eBayISAPI.dll?ViewItem&item=200407839091&ssPageName=ADME:L:LCA:AU:1123
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
O AMOR É NOSSA MAIOR ESPERANÇA
Essa frase maravilhosa, carinhosa e verdadeira é do nosso Barô (Sinto) Nicolas Ramanush que nos parabeniza pelo trabalho que está sendo feito em prol do Natal das Crianças ciganas do Acampamento do Itaim Paulista-Zona Leste/SP cuja festa será realizada no próximo dia 05/12 e para a qual contamos com a colaboração de todos Vocês, nossos leitores e companheiros de jornada nesse Blog.
Recado do Nicolas sobre o evento ROMANI ROTA da Embaixada Cigana do Brasil "Phraliopen Romani" que acontecerá no dia 02/12 na Universidade UMAPAZ.
Ver acima, o material de divulgação.
O NATAL DAS CRIANÇAS CIGANAS
Meus amados Amigos! Este é para lhes fazer uma Convocação e um Convite muito especial.
Como quase todos sabem, sou mestiça de cigana andaluza (Calon) com judeu Sefaradi e procuro sempre trabalhar por uma boa causa... Atualmente sou responsável pelo Deptº Calon da ONG: Embaixada Cigana do Brasil/SP. Então, venho pedir a Vocês para se juntarem a nós na realização da Festa de Natal das crianças ciganas (do clã Calon) do Acampamento do Itaim Paulista-Zona Leste/SP.
No próximo dia 12 de dezembro/09, ao lado dos nossos companheiros da E. C. do Brasil - "Phralipen Romani" sob à orientação de seu fundador, o Barô (Líder) Sintó - Nicolas Ramanush (antropólogo, escritor e linguista - autor do livro: "Palavras Ciganas - Vocabulário e Gramática Sintética do Romani - Sinte"), e, sua Romi (esposa) Ingrid (Mestra em Matemática e Física), estaremos fazendo a Festa de Natal dessas Shavale (crianças) que não sabem muito bem o que é verdadeiramente comemorar uma data tão especial: o renascimento do Kraleskero (Magnífico) Mestre Jesus, pois na realidade a "festa" é d'Ele, mas nós é que nos regozijamos e confraternizamos.
Foi-nos passada uma lista com os nomes de crianças (entre 2 e 11 anos de idade - meninos e meninas) para adotarmos neste Natal, no sentido de proporcionarmos alegria e contentamento, além de ajudarmos com presentes na forma de um KIT (contendo uma roupinha, um calçado, um brinquedo, um livrinho educativo (ilustrado) e produtos de higiene (sabonete, escova e pasta de dente), além de um saquinho com guloseimas) e/ou uma CESTA BÁSICA para as famílias delas (para quem preferir...) para que possam sentir o valor da fraternidade universal. Os Kits podem ser entregues no meu endereço, combinando dia e horário.
Quem quiser fazer algum tipo de contribuição financeira receberá um contra-recibo de doação, em papel timbrado e com o CNPJ da nossa ONG. Nesse caso, o Depósito poderá ser feito em nome da: Embaixada Cigana do Brasil: Banco BRADESCO - Ag. 1742-6 - C.c. 44662-9. Para maiores informações fazer contato com Nicolas ou Ingrid pelos Fones: 11 2249.1009 e/ou 11 9743.2449 ou comigo Helena Rego (11 3242.2774 - 11 2362.2216 - 11 8561.1567 - 11 6700.2185.
Sobre o trabalho exercido pela Embaixada Cigana do Brasil "Phralipen Romani" segue o Link: http://www.embaixadacigana.com.br
Para mais informações sobre ciganos acesse o meu Blog e siga-me: ciganaestrada.blogspot.com/
Na certeza da compreensão de todos, e aguardando retorno, agradeço antecipadamente a colaboração, desejando ótimas idéias para o seu Natal de "renascimento interior" , Helena Rego (calin Sttrada).
Como quase todos sabem, sou mestiça de cigana andaluza (Calon) com judeu Sefaradi e procuro sempre trabalhar por uma boa causa... Atualmente sou responsável pelo Deptº Calon da ONG: Embaixada Cigana do Brasil/SP. Então, venho pedir a Vocês para se juntarem a nós na realização da Festa de Natal das crianças ciganas (do clã Calon) do Acampamento do Itaim Paulista-Zona Leste/SP.
No próximo dia 12 de dezembro/09, ao lado dos nossos companheiros da E. C. do Brasil - "Phralipen Romani" sob à orientação de seu fundador, o Barô (Líder) Sintó - Nicolas Ramanush (antropólogo, escritor e linguista - autor do livro: "Palavras Ciganas - Vocabulário e Gramática Sintética do Romani - Sinte"), e, sua Romi (esposa) Ingrid (Mestra em Matemática e Física), estaremos fazendo a Festa de Natal dessas Shavale (crianças) que não sabem muito bem o que é verdadeiramente comemorar uma data tão especial: o renascimento do Kraleskero (Magnífico) Mestre Jesus, pois na realidade a "festa" é d'Ele, mas nós é que nos regozijamos e confraternizamos.
Foi-nos passada uma lista com os nomes de crianças (entre 2 e 11 anos de idade - meninos e meninas) para adotarmos neste Natal, no sentido de proporcionarmos alegria e contentamento, além de ajudarmos com presentes na forma de um KIT (contendo uma roupinha, um calçado, um brinquedo, um livrinho educativo (ilustrado) e produtos de higiene (sabonete, escova e pasta de dente), além de um saquinho com guloseimas) e/ou uma CESTA BÁSICA para as famílias delas (para quem preferir...) para que possam sentir o valor da fraternidade universal. Os Kits podem ser entregues no meu endereço, combinando dia e horário.
Quem quiser fazer algum tipo de contribuição financeira receberá um contra-recibo de doação, em papel timbrado e com o CNPJ da nossa ONG. Nesse caso, o Depósito poderá ser feito em nome da: Embaixada Cigana do Brasil: Banco BRADESCO - Ag. 1742-6 - C.c. 44662-9. Para maiores informações fazer contato com Nicolas ou Ingrid pelos Fones: 11 2249.1009 e/ou 11 9743.2449 ou comigo Helena Rego (11 3242.2774 - 11 2362.2216 - 11 8561.1567 - 11 6700.2185.
Sobre o trabalho exercido pela Embaixada Cigana do Brasil "Phralipen Romani" segue o Link: http://www.embaixadacigana.com.br
Para mais informações sobre ciganos acesse o meu Blog e siga-me: ciganaestrada.blogspot.com/
Na certeza da compreensão de todos, e aguardando retorno, agradeço antecipadamente a colaboração, desejando ótimas idéias para o seu Natal de "renascimento interior" , Helena Rego (calin Sttrada).
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
CONDOLÊNCIAS À FAMILIA DEMETER
From: Roma Virtual Network
Sent: Wednesday, November 11, 2009 9:30 AM
To: Roma_Daily_News@yahoogroups.com
Cc: Nadja Demeter
Subject: [Roma Daily News] Nais savorenge!
Nais tumenge, Chavale, ke seren amare Dades.
Nais pala lashe vorbi, kai tradjan amenge. Sa pesko lungo trajo Vo kerelas le romenge mishtimos, vazdelas amari kultura, ai mishto, ke le rom žjanen kodo.
Mek te avel vushoro phuv pe Leste!
Mai ekh data nais savorenge, te del o Del tumenge sastimos, te avas savore umpachi ande bute bershende.
Tumarja Pativake
Tumari phei Nadya Demeter tai sa amari familia
Ladies and gentlemen,
Dear friends,
I wish to extend my deepest gratitude to all who sent me their condolences on the decease of my Father, Georgy Demeter, to all who offered their support to me and my family at this sad and woeful hour. My Father’s was a long, happy and noble life. A man of great scholarship, he devoted all his energy and activity, and all his expertise to the creation, consolidation and raising to higher levels of the Roma movement in Russia. He entertained a dream that the Roma should be an educated nation, though not oblivious of their powerful traditional culture.
May his dreams come true!
May he rest in peace!
With gratitude for your sympathy and support,
Nadezhda Demeter
Уважаемые дамы и господа!
Дорогие друзья!
Хочу от всей души поблагодарить всех, кто прислал мне свои соболезнования по поводу кончины моего отца Георгия Степановича Деметера, кто поддержал меня и моих близких в этот тяжёлый час. Папа прожил красивую долгую жизнь. Будучи высоко образованным человеком, он отдал все свои знания, силы, энергию создавая, укрепляя и поднимая на высокий уровень цыганское движение в России. Он всегда мечтал о том, чтобы цыгане были образованы, но при этом никогда не забывали своей традиционной самобытной культуры.
Пусть его мечты сбудутся!
Пусть земля ему будет пухом!
С благодарностью за поддержку
Надежда Деметер
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Sent: Wednesday, November 11, 2009 9:30 AM
To: Roma_Daily_News@yahoogroups.com
Cc: Nadja Demeter
Subject: [Roma Daily News] Nais savorenge!
Nais tumenge, Chavale, ke seren amare Dades.
Nais pala lashe vorbi, kai tradjan amenge. Sa pesko lungo trajo Vo kerelas le romenge mishtimos, vazdelas amari kultura, ai mishto, ke le rom žjanen kodo.
Mek te avel vushoro phuv pe Leste!
Mai ekh data nais savorenge, te del o Del tumenge sastimos, te avas savore umpachi ande bute bershende.
Tumarja Pativake
Tumari phei Nadya Demeter tai sa amari familia
Ladies and gentlemen,
Dear friends,
I wish to extend my deepest gratitude to all who sent me their condolences on the decease of my Father, Georgy Demeter, to all who offered their support to me and my family at this sad and woeful hour. My Father’s was a long, happy and noble life. A man of great scholarship, he devoted all his energy and activity, and all his expertise to the creation, consolidation and raising to higher levels of the Roma movement in Russia. He entertained a dream that the Roma should be an educated nation, though not oblivious of their powerful traditional culture.
May his dreams come true!
May he rest in peace!
With gratitude for your sympathy and support,
Nadezhda Demeter
Уважаемые дамы и господа!
Дорогие друзья!
Хочу от всей души поблагодарить всех, кто прислал мне свои соболезнования по поводу кончины моего отца Георгия Степановича Деметера, кто поддержал меня и моих близких в этот тяжёлый час. Папа прожил красивую долгую жизнь. Будучи высоко образованным человеком, он отдал все свои знания, силы, энергию создавая, укрепляя и поднимая на высокий уровень цыганское движение в России. Он всегда мечтал о том, чтобы цыгане были образованы, но при этом никогда не забывали своей традиционной самобытной культуры.
Пусть его мечты сбудутся!
Пусть земля ему будет пухом!
С благодарностью за поддержку
Надежда Деметер
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IAN HANCOCK - DOCTOR HONORIS CAUSA
From: Roma Virtual Network
Sent: Friday, November 13, 2009 6:22 AM
To: Roma_Daily_News@yahoogroups.com
Cc: Hristo Kyuchukov
Subject: [Roma Daily News] Ian Hancock - Doctor Honoris Causa
Dear Friends,
I am happy to inform you that the Constantine the Philosopher University in Nitra, Slovakia awarded Prof. Dr. Ian Hancock from the University of Texas,
Austin, USA with the title "Doctor Honoris Causa" for his contribustion and development of Romani linguistics, history and culture.
Congratulations Yanko!
Hristo Kyuchukov
-------------
Phralalen thaj phenjalen,
Sem but baxtalo te penav tumenge kaj amaro phral o Ian Hancock - profesori ando Texasko Universiteto ando foro Austin andi Amerika las jekh baro prizo
"Doctor Honoris Causa" andar o Universiteto Konstantin Filosofo ando foro Nitra, Slovakia, pe i zorali buki kaj kerdas but bersa pe Romani lingvistika, Romani historija thaj Romani kultura!
Te oves baxtalo phrala Yanko!
o Xristo Kjuchukov
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Sent: Friday, November 13, 2009 6:22 AM
To: Roma_Daily_News@yahoogroups.com
Cc: Hristo Kyuchukov
Subject: [Roma Daily News] Ian Hancock - Doctor Honoris Causa
Dear Friends,
I am happy to inform you that the Constantine the Philosopher University in Nitra, Slovakia awarded Prof. Dr. Ian Hancock from the University of Texas,
Austin, USA with the title "Doctor Honoris Causa" for his contribustion and development of Romani linguistics, history and culture.
Congratulations Yanko!
Hristo Kyuchukov
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Phralalen thaj phenjalen,
Sem but baxtalo te penav tumenge kaj amaro phral o Ian Hancock - profesori ando Texasko Universiteto ando foro Austin andi Amerika las jekh baro prizo
"Doctor Honoris Causa" andar o Universiteto Konstantin Filosofo ando foro Nitra, Slovakia, pe i zorali buki kaj kerdas but bersa pe Romani lingvistika, Romani historija thaj Romani kultura!
Te oves baxtalo phrala Yanko!
o Xristo Kjuchukov
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quinta-feira, 5 de novembro de 2009
UM LOGO MUITO ESPECIAL
Videos sobre el 8 de abril y Jornadas de Trabajo Pueblo Rrom Europa del Este Granada (España)
Hola les comparto estos videos que realicé con base en las fotografías que tomé el día 8 de abril y el 8 y 9 de mayo de 2009 en Granada (España).
Patricia
http://www.youtube.com/watch?v=nIPQHDhoudo 8 de abril de 2009 Ceremonia del Río Granada (España)
http://www.youtube.com/watch?v=CmMXbu6r_UM 8 y 9 de mayo de 2009 Jornadas de Trabajo con Población Rom de Europa del Este Granada (España)
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Patricia
http://www.youtube.com/watch?v=nIPQHDhoudo 8 de abril de 2009 Ceremonia del Río Granada (España)
http://www.youtube.com/watch?v=CmMXbu6r_UM 8 y 9 de mayo de 2009 Jornadas de Trabajo con Población Rom de Europa del Este Granada (España)
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Roma Museum Opens in Serbia's Capital
The first museum dedicated to Roma culture opens today in Belgrade.
The opening exhibition “The speech of the Roma” will be on display in the museum for the next six months, the Serbian news agency BETA reported today.
It will include over 300 editions of books dedicated to the Roma and in the Romani language and 12 panels displaying selected texts.
Visitors to the museum will be able to see the oldest discovered text written in the Romani language, which dates to 1543, as well as the first book about the Roma, which dates to 1803. Eight different translations of the Bible in Romani will also be exhibited.
Read a review of Isabel Fonseca’s book Bury me Standing: The Gypsies and their Journey on BalkanTravellers.com
Link: http://www.balkantravellers.com/en/read/article/1522
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The opening exhibition “The speech of the Roma” will be on display in the museum for the next six months, the Serbian news agency BETA reported today.
It will include over 300 editions of books dedicated to the Roma and in the Romani language and 12 panels displaying selected texts.
Visitors to the museum will be able to see the oldest discovered text written in the Romani language, which dates to 1543, as well as the first book about the Roma, which dates to 1803. Eight different translations of the Bible in Romani will also be exhibited.
Read a review of Isabel Fonseca’s book Bury me Standing: The Gypsies and their Journey on BalkanTravellers.com
Link: http://www.balkantravellers.com/en/read/article/1522
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New Book: Settela`s Last Road
The Romani exhibition video is out now.
Some news from Down Under.
You can watch the Romani exhibition on You tube.
It's in two parts, go to the http://rromaniconnect.org/ and click on part one and then part two.
Best wishes
Yvonne Slee
yvonne_slee@hotmail.com
You can watch the Romani exhibition on You tube.
It's in two parts, go to the http://rromaniconnect.org/ and click on part one and then part two.
Best wishes
Yvonne Slee
yvonne_slee@hotmail.com
Romani Books
Here's the updated Romani bookpage for your information
http://www.rromaniconnect.org/Romanibooks.html.
http://www.rromaniconnect.org/Romanibooks.html.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
PALAVRAS CIGANAS
Antropólogo, Lingüista, Escritor e Músico entre outras atividades, o cigano barô-sintó Nicolas Ramanush, estará lançando neste sábado dia 20 de junho, às 19 horas, no Restaurante Parrilha/SP, seu mais novo livro: PALAVRAS CIGANAS - vocabulário e gramática sintética do romaní-sinti.
Quem quiser adquirir essa raríssima obra, com o autógrafo do autor; além de assistir a uma bela palestra sobre o assunto e também a uma apresentação de música e dança cigana com a Vitza Ramanush é só chegar no endereço acima.
Professor convidado nos cursos de pós-graduação e extensão cultural de várias escolas e universidades, o também Professor cigano tem um vasto currículo e notório saber, além de ser o presidente da:
EMBAIXADA CIGANA DO BRASIL PHRALIPEN ROMANI, (BRASIL)
Site: http://www.embaixadacigana.com.br/index.htm
E-mail: nicolasramanush@ig.com.br
Tel: (55+11) 9743-2449
ROMANI, NOSSA LÍNGUA É NOSSA PÁTRIA
por Nicolas Ramanush
A língua romani é relativa a um complexo de dialetos falados por diversos clãs ciganos de diferentes países, e que pertencem à família indo-européia, ramo indo-irânico, sub-ramo indo-árico, grupo sânscrito.
História
A língua romani está relacionada com as línguas indo-arianas setentrionais, sendo falada nos cinco continentes por ciganos de diversos clãs. A maior concentração de falantes da língua romani ocorre na Europa oriental.E pelo fato de ser língua de um povo minoritário e marginalizado tem recebido pouco
reconhecimento legal.
Os dialetos romani são falados desde a Europa ocidental até a Índia pelos diversos clãs ciganos.
Seus dialetos têm muitos empréstimos das línguas faladas nas regiões por onde passaram,ainda que retenham suas características básicas índicas e vocabulário. Sobre este corpo central índico, do qual sobrevivem talvez umas 900 palavras no romani moderno, encontramos ainda mais ou menos 120 palavras de origem curda e persa,em torno de 500 palavras do armênio e somente poucas do grego bizantino, sendo que o grego bizantino colaborou com cerca de 250 palavras,mas forneceu a maior parte do modelo gramatical.
Sabe-se que no romani atual existem apenas umas poucas palavras de origem burushaski, e ao menos algumas de origem mongol, servem de ajuda para traçarmos a rota migratória dos ciganos originais.O burushaski é falado no extremo norte do Hindu Kush, onde as únicas saídas da Índia são Shandur e Baroghil. A língua mongol poderia somente ter-se situado no Cáucaso meridional e no noroeste da Pérsia em uma faixa posterior a 1250 d.C, quando a Horda de Ouro ocupou esta zona. Resulta também que as palavras mais antigas em romani não sofreram uma influência substancial nem do árabe nem do turco. A partir destes dados podemos colocar como hipóteses que a migração da Índia ocorreu entre os anos de 1000 e 1027 da nossa era. Procedentes do extremo norte da Índia, se dirigiram quase que diretamente do oeste da costa meridional do mar Cáspio e em continuação seguiram a costa oeste em direção ao do Cáucaso e, desde ali, diretamente ao oeste da costa setentrional da atual Turquia,para continuar ao largo da costa do mar Negro até os Dardâicos e, dali, através dos Bálcãs europeus onde chegaram aproximadamente entre 1250 e 1300. Existe uma teoria muito firme de que a população original se havia dividido em três, antes que alcançassem à Europa, formando os atuais povos romani-europeu, domare-sírio e lovare-armênio.
Os primeiros documentos conhecidos da língua romani datam de 1542, na Grã Bretanha, se bem que devemos levar em conta que o lingüista encarregado de registrá-la, Andrew Boorde, pensou que se tratava de língua egípcia, por que a descreveu como uma descrição do egípcio. Até o presente momento temos tão somente localizados outros quatro ou cinco exemplos deste primeiro período. Os textos mais extensos só começaram a aparecer no século XIX, estes consistiam principalmente de re-compilação de listas de vocabulário, contos populares e traduções do Evangelho.
Devido à sua complexidade lingüística, os falantes do romani não utilizaram nenhum dos alfabetos índicos, e nem deixou sua categoria de língua ágrafa até o século XX(exceto professores de origem cigana, que falavam o romani, que já a escreviam). A maioria dos sistemas de escrita utilizados se baseiam na ortografia nacional do país em que esteja sendo falada a variante do romani em particular, embora seja um sistema de base eslava, que utiliza o acento em forma de cunha, o que tem maior aceitação. Desde os anos 80, a Comissão Lingüística da União Romani Internacional vem disseminando uma ortografia de padrão internacional , com um número cada vez maior de publicações que a utilizam. Depois de sua chegada à Europa, a população original começou a fragmentar-se quase que imediatamente.
Um número significativo ficou nos Bálcãs, onde já haviam sido escravizados ( na Moldávia e na Valáquia) em meados do século XIV. Esta situação (a escravidão) surgiu devido a necessidade de fazer uso de seus conhecimentos (sobretudo na forja dos metais) dentro de uma economia danificada pelas sucessivas guerras, e sua abolição não ocorreu até a metade do século XIX. Em conseqüência, o romani no decorrer desses séculos evoluiu em estreito contato lingüístico com o romeno e, em menor medida, com o húngaro e o eslavo. Assim foi que se converteu em um grupo dialetal diferente dentro da língua que hoje conhecemos como “vlax” (ou seja, Valáquio) .Mas nem toda a população original foi escravizada, o processo de emigração continuou para o norte em direção a Europa, espalhando-se gradativamente e atingindo a totalidade do continente em 1500.
Todavia o romani apresenta uma relação muito estreita com o híndi e com outras línguas indianas norte-ocidentais, também sua fonologia central tem influências do dárdico (especialmente o phalura – falada na Caxemira, Paquistão e Afeganistão), do armênio e do grego; ademais, os dialetos pós-bizantinos apresentam interferências em todas as áreas das línguas européias circundantes.
Originariamente os dialetos romani se dividiram em “vlax” e “não-vlax”, embora hoje em dia se reconheçam três (ou quem sabe cinco) ramos principais, cada um com suas correspondentes divisões: no total, temos registrados uns 60 dialetos distintos. Em alguns países, especialmente Grã Bretanha e Espanha, o romani sofreu uma reestruturação: conta com um corpo de unidades lexicais em romani introduzidas em um marco fonológico e gramatical da língua nacional, no inglês e no espanhol.
A afinidade lingüística fundamental do romani está ainda sob estudos científicos para ser comprovada.
Em seu léxico e fonologia em particular, mostra um núcleo centro-indiano,mas é maior a presença do indo-norteocidental e, até certo ponto, do dárdico. Estes indícios lingüísticos vêm avaliar a teoria mais atual sobre a origem deste povo, pelo que seus antecessores descenderam de um amálgama de povos unidos como uma força militar no princípio do século XI, com a finalidade de resistir as invasões islâmicas dirigidas por Mohammed de Ghazni. A história sugere que os membros que constituíam este exército,conhecido como rajputs, foram captados intencionalmente da população não-ariana, especialmente pelos dravidianos (de fala ariana, da casta Sudra) e os pratihara (gurjaras descendentes do clã rajputs) que haviam se assentado no norte da Índia procedentes do noroeste e que estavam relacionados com os alanos (que viviam no nordeste do Cáucaso) osetios (que viviam ao norte do Cáucaso) . Uma proposta mais recente aponta para a consideração de um elemento africano oriental que pode remontar-se aos sindis ou aos africanos, que foram introduzidos como mercenários pelos exércitos mulçumanos e hindus para lutarem em ambos os lados.
Se estima que existem entre 6 e 10 milhões de falantes romani no mundo,sendo as variantes mais numerosas a “vlax” e o romani balcânico.
Não é fácil delimitar a fronteira entre um falante de romani e um cigano falante de outra língua (normalmente a da população maioritária), pois o léxico estará fortemente influenciado pelo romani, de fato o romani tem sido usado para criar linguagens secretas, incompreensíveis para o resto da população.
Apesar de ter vivido no Ocidente durante mais de 800 anos, a população cigana segue sendo basicamente asiática,pois fala uma língua asiática através da qual se tem expressado a cultura romani e sua visão do mundo.
De fato, para uma população perseguida entre 9 e 12 milhões, dos quais ao menos a metade fala variantes do romani, a manutenção e o cultivo da literatura resulta em vital para a sua sobrevivência, tanto política como étnica.
Variantes Romani
A língua romani se divide em três grandes línguas variantes, que não são mutuamente inteligíveis:
1-Romani Sírio ( ou asiático).
2-Romani Armênio ( ou Boka ).
3-Romani Europeu, este que é subdividido em
-Russo setentrional (rúska romá, xoladítka romá).
-Romani da Letônia (lotfítka romá), Letonia ocidental e Estônia.
-Romani Polaco -central (pólska foldítka romá).
-Romani Laius (lajenge romá), falado antiguamente na cidade de Laius, na Estônia oriental, porém todos os falantes deste dialeto foram assassinados pelos nazistas durante a II Guerra Mundial.
-Romani Germano (sintí, sasítko romá), na Alemanha, França, Polônia, Chéquia, antiga Iuguslávia, norte da Itália, Áustria e algumas famílias da antiga Rússia.
-Romani Cárpata:
-Romani Eslovaco (sórvika romá), no norte e leste da Eslováquia.
-Romani Húngara (úngrike romá), na Eslováquia meridional, Hungria setentrional e alguns falantes na antiga Russia em consequencia do deslocamento de fronteiras depois da Ii Guerra Mundial.
-Romani Balcánico:
-Romani Jerlídes, na Bulgaria ocidental, Macedônia e Sérvia meridional.
-Romani Ursári, na Romênia e Moldávia.
-Romani Chache, na Romênia e Moldávia.
-Romani Crimêo (koromítika romá), na Criméia.
-Romani Drindári, na Bulgaria central.
-Romani Vlax, na Valáquia:
-Romani Lindurári – Zlotári - Kokavjári – Kalderas (até meados do século XIX circunscrito à fronteira húngaro-romana, mas agora espalhado por toda a Europa e na América.
-Romani Lovári,em muitos paises europeus e nos Estados Unidos da América do Norte.
-Romani Gurbéti, na Bósnia e Ezergovina.
-Romani Ucraniano:
Os ciganos que vivem às margens do rio Dniépre
-Romani Finês (fintike róma)
-Romani Galês (volchononge kaló)
As principais variantes do romani que são encontradas em literatura são:
O setentrional, cujo principal representante é o romani-russo;
O central , cujo principal representante é o romani-húngaro-eslovaco;
O “vlax”, cujo representante máximo é o romani- kalderash;
E o romani-balcânico, no qual se destacam os diversos dialetos macedônicos.
Entre todos, é o kalderash que está se convertendo em alfabeto internacional na falta de uma alternativa viavel, pois é o que ocupa uma maior extensão geográfica e que conta com um número maior de falantes (por volta de 2 milhões e meio). O romani comum ou internacional tem sido disseminado a partir do romani-vlax, se bem que recorre a outros dialetos quando necessita de palavras ou regras gramaticais já perdidas no grupo vlax, como por exemplo RUKH - árvore, substituído por KAST madeira em vlax, ou TABLO - quente / TATICÓSO em vlax (que significa calor , mas é um morfema modificador de origem romena).
quarta-feira, 3 de junho de 2009
LINKS CIGANOS
LISTA DE LINKS SOBRE ASSUNTOS CIGANOS
www.rromani.org
www.radoc.net
www.geocities.com/Paris/5121/patrin.htm
http://geocities.com/romani_life_society
www.sintiromanicommunity.org
www.geocities.com/romanivonnie
www.kaledorkayiko.org/tienda.asp?auf=sb12
http://romani.humanities.manchester.ac.uk/rms
www.dalilagomez.blogspot.com/
www.etniasdecolombia.org/grupos_gitanos_1.asp
www.kaledorkayiko.org
www.unionromani.org/
www.gitanos.org/
www.vurdon.it/spanish.htm
www.geocities.com/~patrin/
www.inalco.fr
www.fsgg.org/madrid/Proyecto_hortaleza/Gitanos_Index/Indice/Cultura.htm
http://www.eurosur.org/RACIS/gitano-b.htm
http://www.unionromani.org/downloads/TextoPE.pdf
http://www.surt.org/gac/biblio.htm
http://empleo.mtas.es/mujer/programas/empleo/divulgativos.html
http://www.elenakali.com/romas-llegan.html
http://www.elenakali.com/el-flamenco.html
http://romanichib.wordpress.com
http://groups.yahoo.com/group/Mundo_Gitano/
http://www.etniasdecolombia.org/actualidadetnica/
http://romanichib.wordpress.com/rromani-multimedia/
http://www.myspace.com/ternechave
http://www.myspace.com/romanodrom
www.nuestronombre.es/crearc
www.crearc.blogspot.com
OTHERS LINKS
Lawyers Committee for Roma Rights and Recognition - USA
European Committee on Romani Emancipation - Belgium
Federación de Asociaciones Romaníes Andaluzas - Spain
Romany and Traveller Family History Society - England
Asociación de Gitanos de Navarra "La Majarí" - Spain
Association of Gypsies/Romani International - USA
JIRY: Plan Integral del Colectivo Gitano - Spain
Roma Community and Advocacy Center - Canada
Western Canadian Romani Alliance - Canada
Situation of Roma from Kosovo - Macedonia
European Roma Rights Center - Hungary
Association Romano Centro - Austria
RomNews Network Online - Germany
Roma National Congress - Germany
Stories from the Drom - Australia
Romani Union Australia
Dom Research Center - Cyprus
Exchange House - Ireland
Romani World - Belgium
Amaro Drom - Hungary
American Gypsy - USA
Union Romani - Spain
Pavee Point - Ireland
RomaPage - Hungary
ProRoma- Austria
Romani.org- USA
O Vurdón - Italy
Balval- France
Fonte: http://www.geocities.com/Paris/5121/links.htm
OTRAS PÁGINAS SOBRE GITANOS
FONTE: HTTP://WWW.GITANOS.ORG/DOCUMENTOS/MADRID/PAGINAS/SUB_PAGINAS/OTROS/OTRAS_PAGINAS.HTM
Fundación Secretariado Gitano
En español
Una entidad social sin ánimo de lucro que presta servicios para el desarrollo de la comunidad gitana en todo el Estado español y en el ámbito europeo. Trabaja por la promoción integral de los gitanos, la defensa y difusión de sus valores culturales y la mejora de su imagen en la sociedad.
Su misión, la promoción integral de la comunidad gitana desde el respeto a su identidad cultural.
Contiene abundantes noticias y documentos sobre la propia actividad de la Fundación y sobre temas relacionados con la promoción del pueblo gitano. De obligada visita para quienes intervengan en actividades relacionadas con la educaciópn, formación y desarrollo de los gitanos.
Unión Romaní
En español, inglés y romanò
Organización no gubernamental, de carácter no lucrativo, dedicada a la defensa de la comunidad gitana. Tiene como ámbito de trabajo el territorio español y participa con la UNIÓN ROMANÍ INTERNACIONAL en las actividades que persiguen el reconocimiento de la cultura del pueblo gitano como un valor de la cultura universal. Es una organización genuinamente gitana, dirigida por los propios gitanos.
Al igual que la anterior contiene abundantes documentación y noticias sobre el pueblo gitano, pero estando esta mas orientada a la característica multinacional del pueblo gitano.
Interesante fuente de onformación sobre el pueblo gitano y su cultura tanto dentro como fuera de España.
O Vurdón (El carruaje)
En Italiano, español e inglês
O Vurdón es en romanò el carruaje, elemento que en cierta medida ha marcada la vida nómada del Gitano. Estas páginas en Internet han sido escritas para dar a los gayé (payos) que viven en Italia información sobre la vida de los Rom y Sinti. Así podrán conocer más a cerca de los Gitanos, y quizás podrán mirar más allá de sus prejuicios y ser más tolerantes. Pero también estas páginas han sido escritas para los Rom y los Sinti, para que puedan conocer mejor su propia historia y tradiciones, y estén orgullosos de ellas.
Desde italia llega esta páginas traducidas a un español bastante correcto, que nos sirven para ver desde la perspectiva de otro país la lucha que los gitanos de todos el mundo están llevando para integrarse en la sociedad en la que viven sin sufrir discriminaciones humillantes.
domingo, 31 de maio de 2009
POESIA CIGANA
CIGANA ESTRADA poesia de Helena Rego
Sou filha do Céu e da Terra; irmã da Água e do Ar.
Sou o fogo na Floresta e a branca espuma no Mar.
Sou a Loba; sou a Selva; sou a carícia da Relva;
e a Carroça atrelada.
Sou a beira e o caminho; sou um pássaro sem ninho e
do galho mais fraquinho, todos me escutam cantar!
Sou a menina do Dia e a amante louca da Noite;
sou o alívio e o açoite, e a carne esfacelada.
Sou a abelha rainha, venha provar do meu mel, pois
Dentro do meu casulo, Você estará no céu!
Se quer que lhe deixe louco entre um beijo e uma dentada,
chame-me de tudo um pouco, mas o meu nome é Sttrada!
Na sombra, eu sou Vaga-lume; na luz, eu sou Mariposa;
sou o inseto que pousa e a lâmpada que é apagada.
Nasci para passar o Tempo e ficar um tempo parada,
mesmo que a vida insista, em me deixar estafada,
vou seguindo, sempre em frente, pois topo qualquer jogada,
todos sabem que existo, pois o meu nome é Sttrada!
Realizo a caminhada; sem precisar me cansar;
percorro vários caminhos; importante é o Caminhar.
Estou aqui, ali e acolá; o que não posso é parar.
Sou casada com o poder de sempre ser encontrada,
aceito qualquer roteiro, me chamam de caminheiro,
mas o meu nome é Sttrada!
Sou a primeira e a última, de todas as desgraçadas.
Honrada ou desprezada; vil ou simplesmente sagrada;
Sou o som e o silêncio; sou o choro e a risada.
Sou a eterna abundância; pois sempre dou importância,
para a semente lançada, num solo de doce fragrância,
pois o meu nome é Sttrada!
Sou o Rei e a Rainha; sou o súdito e o reinado;
sou a Coroa e a Forca, o Algoz e o Enforcado.
Uso a máscara da Vida, mas me confundem com a Morte.
Sou o Azar e a Sorte, e, aquela que foi dispensada.
Sou a bandeira da Paz, mas me trocam pela Guerra,
Na tirania da Terra, me vejo desapontada,
porém, quem me ama não erra, pois o meu nome é Sttrada!
Saindo de um turbilhão; alçando a torre encantada;
vejo-me como uma estrela, de Lua e Sol enfeitada.
Com certeza amanhã, estarei acompanhada,
do Anjo que é puro élan, de uma mulher coroada.
Sou a roca, sou o fio, sou tecelã afamada, na teia eu desafio
quem faça a melhor laçada, pois entre a chama e o pavio, eu tramo
a trama esperada, mesmo que seja apenas, por uma curta jornada.
Coloque-me em sua vida, como uma moça querida, que precisa ser amada;
em troca posso lhe dar, o bem maior deste mundo numa bandeja dourada.
Traga-me no coração pra me deixar encantada.
Não me esqueça e me honre com sua gentil chamada,
grite bem alto o meu nome!
Me chame, eu sou a sua "cigana estrada"!!!
Autora: Helena Rêgo - cigana Sttrada (do Clã Calon)
(em Homenagem a minha descendência cigana)
(São Paulo - SP – 1996)
HOLOCAUSTO CIGANO - IAN HANCOCK
On the interpretation of a word: Porrajmos as Holocaust
Ian Hancock - xulaj@mail.utexas.edu
Holocaust scholarship came late to the Romanies, and even now, the Romanies who died in Hitler’s Europe are usually grouped together in published studies with those referred to as “other non-Jewish” victims: the Poles, the Jehovah’s Witnesses, homosexuals and so on. I have always regarded this as a mistaken categorization, if such must be made at all, because I interpret the word holocaust to mean the implementation of the “Final Solution” directive, viz. genocidal action intended to eradicate entire populations from the sphere of influence of the Third Reich.
There were only two such directives: The Final solution of the Jewish Question and The Final Solution of the Gypsy Question1. Not one other targeted group was slated for extermination, nor was the focus of a “final solution.” That being the case, this awful chapter in the European Romani experience—an event that has become part of our very anthem Gelem Gelem—had to be moved away from the shadow of another people’s history, and the first step towards achieving that was to give it a name, and the most widely used word for the Romani Holocaust now is Porrajmos.
It has recently been claimed that this is an interpretation of my own invention2: it isn’t. It was offered as a possible word for “Holocaust” by a Kalderash Romani whose name I regrettably haven’t remembered, at an informal lunchtime gathering in the conference centre bar in Snagov in Romania in 1993. A number of us were discussing what to call the Holocaust in Romani. I thought porrajmos was particularly appropriate, but have modified it to Baro Porrajmos (“great devouring”) in my own writings since the word alone could be applied to other genocides besides the Holocaust.
Other suggested words for the Holocaust have included (besides holokausto) maripen which means “killing,” mudaripen and murdaripen, both of which mean “murder,” and samudaripen, a creation by a linguist which translates as “all” (sa-) + “murder,” but which violates the rules of Romani morphology.3 An earlier publication wholly in Romani referred to it metaphorically as the Berša Bibahtale, the “unhappy years” (Puxon & Kenrick, 1988).
Porrav- is the Romani word for “devour,” and the noun porrajmos means “devouring.” There is no other word in the language that means “devour” specifically; there is xa- “eat,” nakhav- “swallow” and parvardjov- “be fed,” but only porrav- means “devour,” i.e. to eat wolfishly. Like nakhav-, the basic meaning of which is “make (something) pass,” “devour” is the extended application of the basic meaning of the verb porrav- which is “open wide.” It descends from Old Indo-Aryan sputa-, through Middle Indo-Aryan phuta “to open up,” and its commonest application in the Indo-Aryan languages spoken in India today is to blossoming, as of flowers (Turner, 1966:800).
The root has survived in a number of Romani dialects with various interpretations, both literal and metaphorical. Thus in Kalderash Vlax it means among other things “open up, rip up, gape, devour, show the teeth, yawn, glare, stare, scream, cheat, pitch a tent” and “stick out the tongue” (Boretzky & Igla, 1994:222, Gjerdman and Ljungberg 1963:322, et al.). Demeter & Demeter have only “open wide (the eyes or mouth)” for porravav (1990:122; 263), also the only meanings provided by Barthélémy (n.d.:116) and Calvet (1993:277).
In Bosnian Vlax porav- means “force open, disjoin, devour, open the eyes, open the mouth,” while the noun poravipe means “an opening” (Uhlik, 1939: n.p.). Uhlik’s later dictionary, however, has only nakhavimata for “devouring” (1983:304) and “rape” as the sole meaning of poravipe (1983:336), although in that same dialect porradi bešel means “she’s sitting with legs akimbo,” with no allusion to “rape.” For Macedonian Romani Petrovski & Veličkovcki have poravipe “gape” (1998:428). Czech Romani has našav- for “devour” and zgvalcin- for “rape” (Hübschmannová et al., 1991: 189; 288).
Metaphorically it has the extended meanings as dissimilar as “to rape” and “to bother someone.” In Sinti, its derived noun poravipen means “a widening or opening up,” and by metaphorical extension “freedom” or “access.”
In various Vlax dialects, derived verbal and adjectival forms include porradjov- “to stretch, widen, extend,” porrado “spacious,” “roomy,” “gape-mouthed,” “legs astride or akimbo,” “engulf” and “stepping.” Derived noun forms as metaphors include porradi “vagina” (also with the adjectival meaning of “deflowered”), and porravipe “rape.” It is in the sense of “devour,” however, that Porrajmos was offered. Gjerdman and Ljungberg (loc. cit.) give the example te dikhleasas o sap ke prea xantsi xal, poradeasas les atuntši “if the snake should see that the man ate too little, then he would devour him.”
The word has been objected to by some because of some other possible meanings, specifically its use as a euphemism for “rape”4. I happen to think this further interpretation, together with “scream” and “gape” and “tear asunder” simply adds to the overall force of the word, for what the Romani genocide did to our people. My own objection, if I had one, would be that in the Sinti dialect it has quite the opposite meaning, and the Sinti Romanies suffered especially harshly in the Nazi genocide.
“Rape” can be expressed in Vlax Romani in a number of other ways; silov-i- as a verb, silovimos or sìla as a noun (l- pe sìla “take by force, rape” with the Slavic word sila—also with its Slavic meaning meaning of “force” or “power” in Romani). The more vulgar expression kurr- pe sìla, is also heard, both expressions no doubt originating with forced concubinage during the centuries of slavery. In Vlax, porrav- can also refer to male sexual arousal.
But these objections from the few lack weight. I’m reminded of the humorous Monty Python “Wankel Rotary Engine” sketch on television many years ago about “suggestive” words and phrases in English. Those who object to Porrajmos are either demonstrating the same sort of schoolboy sniggering, or else are objecting purely in order to object, which is after all a fundamentally Romani response (although we can expect reaction to the arguments being made here from the non-Romani ethnic police too). The same Romani speakers have no qualms about using such phrases as xav tj’o kar, xav tj’i mindž, xav tj’e pele for “please,” and which are not metaphors or euphemisms in any sense. By this reasoning, such common English words as “pussy,” “cock,” “prick,” “tit,” “bum,” “dick,” “ass,” and so on should be condemned and replaced by “kitty,” “rooster,” “pierce,” “parus,” “tramp,” “Ritchie” and “donkey,” etc. Some people actually promote this kind of word-avoidance; for marketing purposes rape seed oil is now being sold as “canola oil”— which should particularly please those worried by the word Porrajmos.
The same argument would lead us to avoid using the word for “heavy” (phari) because it is a common euphemism for “pregnant,” and is used to save one from having to utter the real word for this condition (khamni); likewise, should we never use the proper word for a fig (smòčina), since it is also a slang word for vagina? Do we say than (“place”) to avoid saying pato for “bed”? It seems that we now need euphemisms for our euphemisms.
Nevertheless the recognition and use of the word Porrajmos is spreading. It turns up in the texts and titles of numerous articles and chapters, a book, and to date it is the name of one documentary film. A Google web-search has nearly fifty-eight thousand text entries for Porrajmos/ Porraimos/Porraimos/Poraimos, and about one thousand picture images listed for the word. Amazon.com lists 25 books on the Holocaust that use the word. It has given an identity and a name to the most tragic event in our entire history, and moves it from the collective into the particular. Whether the word will stand the test of time remains to be seen.
Notes
1.The earliest Nazi document referring to “the introduction of the total solution to the Gypsy problem on either a national or an international level” was drafted under the direction of State Secretary Hans Pfundtner of the Reichs Ministry of the Interior in March, 1936, and the first specific reference to “the final solution of the Gypsy question” was made by Adolf Würth of the Racial Hygiene Research Unit in September, 1937. The first official Party statement to refer to the endgültige Lösung der Zigeunerfrage was issued in March, 1938, signed by Himmler.
2.Presumably meaning me, gypsilorist Michael Stewart (2004:564) says “an American Romany intellectual has coined the term Porrajmos, the ‘devouring’, but one is still more likely to find this term on the internet than on the lips of Roma in the lands occupied by the Germans during the Second World War.” Speaking for most of Hungary’s nearly one million Romanies he adds “in fact since the term porrajmos has also an obscene meaning, it has recently been rejected by most Hungarian Romani speakers who use the calqued term holocausto” (op. cit., 578, n. 7. But see also Gábor, 2000 and Barsony & Daroczi, 2007). As a correction to these assumptions, (a) I’m not American, (b) I didn’t invent the word, and (c) holocausto (correctly holokausto in either Hungarian or Romani orthography) is not a calque but a loanword – a calque is the translation of an idiomatic use, not a direct lexical adoption.
3.Objecting to a proposed victim-specific word for the Holocaust is not just a Romani issue; a debate over the use of Shoah for the Jewish Holocaust and calls for its disuse have recently been ongoing in the French press (Meschonnic, 2005).
4.Romani does not have prefixing except in some dialects heavily influenced by non-Romani syntax, e.g. Czech Romani de-našel, “flee,” English Romani for-del “forgive.” Like samudaripen, the word for “international” (sathemengo) is a creation by a non-Romani linguist. The one morpheme usually regarded as an enclitic, viz. bi (“without,” “un-”), is in fact an independent word, and can be separated from its referent: bi murro mobìli “without my car.”
I want to thank Ronald Lee and Donald Kenrick for their useful comments on this essay.
Works listed
Barsony Janos & Daroczi Agnes, 2007. Pharrajimos: The Fate of the
Roma During the Holocaust. Budapest: CEU Press.
Barthélémy, André, n.d.. Dictionnaire du Tsigane Kalderash. n.p.
Boretzky N. & B. Igla, 1994. Wörterbuch Romani Deutsch Englisch.
Wiesbaden: Harrassowitz.
Calvet, Georges, 1993. Dictionnaire Tsigane-Français. Paris:
L'Asiathique.
Demeter, R.S. & P.S. Demeter, 1990. Gypsy-Russian and Russian-
Gypsy Dictionary (Kalderash Dialect). Moscow: Russky
Yazyk.
Gábor Bernáth, ed., 2000. Porrajmos: E Roma Seron Kon Perdal
Zhuvinde – Roma Holocaust Túlélők Emlékeznek. Budapest:
Royal Dutch Embassy.
Gjerdman, O. & Eric Ljungberg, 1963. The Language of the Swedish
Coppersmith Gipsy Johan Dimitri Taikon. Uppsala:
Lundquist.
Hübschmannová, M., Hana Šebková & Anna Žigová, 1991. Romsko-
Český a Česko-Romský Slovník. Prague: SPN.
Meschonnic, Henri, 2005. “Pour en finir avec le mot «Shoah»,” Le
Monde, Feb. 20th.
Petrovski, T. & B. Veličkovcki, 1998. Makedonsko-Romski i Romsko-
Makedonski Rečnik. Skopje: Vorldbuk.
Puxon, Grattan & Donald Kenrick, 1988. Berša Bibahtale. London:
Romanestan Publications.
Stewart, Michael, 2004. “Remembering without commemoration: the
mnemonics and politics of Holocaust memories among
European Roma,” Journal of the Royal Anthropological
Institute, n.s., 10:561-582.
Turner, Ralph, 1966. A Comparative Dictionary of the Indo-Aryan
Languages. London: Oxford University Press.
Uhlik, Rade, 1939. [A Bosnian Romani Dictionary], ms. Edited and
translated into English by Frederick George Ackerly, Journal
of the Gypsy Lore Society, 1941-3.
Uhlik, Rade, 1983. Srpskohrvatsko-Romsko-Engelski Rečnik.
Sarajevo: Svjetlost.
Ian Hancock - xulaj@mail.utexas.edu
Holocaust scholarship came late to the Romanies, and even now, the Romanies who died in Hitler’s Europe are usually grouped together in published studies with those referred to as “other non-Jewish” victims: the Poles, the Jehovah’s Witnesses, homosexuals and so on. I have always regarded this as a mistaken categorization, if such must be made at all, because I interpret the word holocaust to mean the implementation of the “Final Solution” directive, viz. genocidal action intended to eradicate entire populations from the sphere of influence of the Third Reich.
There were only two such directives: The Final solution of the Jewish Question and The Final Solution of the Gypsy Question1. Not one other targeted group was slated for extermination, nor was the focus of a “final solution.” That being the case, this awful chapter in the European Romani experience—an event that has become part of our very anthem Gelem Gelem—had to be moved away from the shadow of another people’s history, and the first step towards achieving that was to give it a name, and the most widely used word for the Romani Holocaust now is Porrajmos.
It has recently been claimed that this is an interpretation of my own invention2: it isn’t. It was offered as a possible word for “Holocaust” by a Kalderash Romani whose name I regrettably haven’t remembered, at an informal lunchtime gathering in the conference centre bar in Snagov in Romania in 1993. A number of us were discussing what to call the Holocaust in Romani. I thought porrajmos was particularly appropriate, but have modified it to Baro Porrajmos (“great devouring”) in my own writings since the word alone could be applied to other genocides besides the Holocaust.
Other suggested words for the Holocaust have included (besides holokausto) maripen which means “killing,” mudaripen and murdaripen, both of which mean “murder,” and samudaripen, a creation by a linguist which translates as “all” (sa-) + “murder,” but which violates the rules of Romani morphology.3 An earlier publication wholly in Romani referred to it metaphorically as the Berša Bibahtale, the “unhappy years” (Puxon & Kenrick, 1988).
Porrav- is the Romani word for “devour,” and the noun porrajmos means “devouring.” There is no other word in the language that means “devour” specifically; there is xa- “eat,” nakhav- “swallow” and parvardjov- “be fed,” but only porrav- means “devour,” i.e. to eat wolfishly. Like nakhav-, the basic meaning of which is “make (something) pass,” “devour” is the extended application of the basic meaning of the verb porrav- which is “open wide.” It descends from Old Indo-Aryan sputa-, through Middle Indo-Aryan phuta “to open up,” and its commonest application in the Indo-Aryan languages spoken in India today is to blossoming, as of flowers (Turner, 1966:800).
The root has survived in a number of Romani dialects with various interpretations, both literal and metaphorical. Thus in Kalderash Vlax it means among other things “open up, rip up, gape, devour, show the teeth, yawn, glare, stare, scream, cheat, pitch a tent” and “stick out the tongue” (Boretzky & Igla, 1994:222, Gjerdman and Ljungberg 1963:322, et al.). Demeter & Demeter have only “open wide (the eyes or mouth)” for porravav (1990:122; 263), also the only meanings provided by Barthélémy (n.d.:116) and Calvet (1993:277).
In Bosnian Vlax porav- means “force open, disjoin, devour, open the eyes, open the mouth,” while the noun poravipe means “an opening” (Uhlik, 1939: n.p.). Uhlik’s later dictionary, however, has only nakhavimata for “devouring” (1983:304) and “rape” as the sole meaning of poravipe (1983:336), although in that same dialect porradi bešel means “she’s sitting with legs akimbo,” with no allusion to “rape.” For Macedonian Romani Petrovski & Veličkovcki have poravipe “gape” (1998:428). Czech Romani has našav- for “devour” and zgvalcin- for “rape” (Hübschmannová et al., 1991: 189; 288).
Metaphorically it has the extended meanings as dissimilar as “to rape” and “to bother someone.” In Sinti, its derived noun poravipen means “a widening or opening up,” and by metaphorical extension “freedom” or “access.”
In various Vlax dialects, derived verbal and adjectival forms include porradjov- “to stretch, widen, extend,” porrado “spacious,” “roomy,” “gape-mouthed,” “legs astride or akimbo,” “engulf” and “stepping.” Derived noun forms as metaphors include porradi “vagina” (also with the adjectival meaning of “deflowered”), and porravipe “rape.” It is in the sense of “devour,” however, that Porrajmos was offered. Gjerdman and Ljungberg (loc. cit.) give the example te dikhleasas o sap ke prea xantsi xal, poradeasas les atuntši “if the snake should see that the man ate too little, then he would devour him.”
The word has been objected to by some because of some other possible meanings, specifically its use as a euphemism for “rape”4. I happen to think this further interpretation, together with “scream” and “gape” and “tear asunder” simply adds to the overall force of the word, for what the Romani genocide did to our people. My own objection, if I had one, would be that in the Sinti dialect it has quite the opposite meaning, and the Sinti Romanies suffered especially harshly in the Nazi genocide.
“Rape” can be expressed in Vlax Romani in a number of other ways; silov-i- as a verb, silovimos or sìla as a noun (l- pe sìla “take by force, rape” with the Slavic word sila—also with its Slavic meaning meaning of “force” or “power” in Romani). The more vulgar expression kurr- pe sìla, is also heard, both expressions no doubt originating with forced concubinage during the centuries of slavery. In Vlax, porrav- can also refer to male sexual arousal.
But these objections from the few lack weight. I’m reminded of the humorous Monty Python “Wankel Rotary Engine” sketch on television many years ago about “suggestive” words and phrases in English. Those who object to Porrajmos are either demonstrating the same sort of schoolboy sniggering, or else are objecting purely in order to object, which is after all a fundamentally Romani response (although we can expect reaction to the arguments being made here from the non-Romani ethnic police too). The same Romani speakers have no qualms about using such phrases as xav tj’o kar, xav tj’i mindž, xav tj’e pele for “please,” and which are not metaphors or euphemisms in any sense. By this reasoning, such common English words as “pussy,” “cock,” “prick,” “tit,” “bum,” “dick,” “ass,” and so on should be condemned and replaced by “kitty,” “rooster,” “pierce,” “parus,” “tramp,” “Ritchie” and “donkey,” etc. Some people actually promote this kind of word-avoidance; for marketing purposes rape seed oil is now being sold as “canola oil”— which should particularly please those worried by the word Porrajmos.
The same argument would lead us to avoid using the word for “heavy” (phari) because it is a common euphemism for “pregnant,” and is used to save one from having to utter the real word for this condition (khamni); likewise, should we never use the proper word for a fig (smòčina), since it is also a slang word for vagina? Do we say than (“place”) to avoid saying pato for “bed”? It seems that we now need euphemisms for our euphemisms.
Nevertheless the recognition and use of the word Porrajmos is spreading. It turns up in the texts and titles of numerous articles and chapters, a book, and to date it is the name of one documentary film. A Google web-search has nearly fifty-eight thousand text entries for Porrajmos/ Porraimos/Porraimos/Poraimos, and about one thousand picture images listed for the word. Amazon.com lists 25 books on the Holocaust that use the word. It has given an identity and a name to the most tragic event in our entire history, and moves it from the collective into the particular. Whether the word will stand the test of time remains to be seen.
Notes
1.The earliest Nazi document referring to “the introduction of the total solution to the Gypsy problem on either a national or an international level” was drafted under the direction of State Secretary Hans Pfundtner of the Reichs Ministry of the Interior in March, 1936, and the first specific reference to “the final solution of the Gypsy question” was made by Adolf Würth of the Racial Hygiene Research Unit in September, 1937. The first official Party statement to refer to the endgültige Lösung der Zigeunerfrage was issued in March, 1938, signed by Himmler.
2.Presumably meaning me, gypsilorist Michael Stewart (2004:564) says “an American Romany intellectual has coined the term Porrajmos, the ‘devouring’, but one is still more likely to find this term on the internet than on the lips of Roma in the lands occupied by the Germans during the Second World War.” Speaking for most of Hungary’s nearly one million Romanies he adds “in fact since the term porrajmos has also an obscene meaning, it has recently been rejected by most Hungarian Romani speakers who use the calqued term holocausto” (op. cit., 578, n. 7. But see also Gábor, 2000 and Barsony & Daroczi, 2007). As a correction to these assumptions, (a) I’m not American, (b) I didn’t invent the word, and (c) holocausto (correctly holokausto in either Hungarian or Romani orthography) is not a calque but a loanword – a calque is the translation of an idiomatic use, not a direct lexical adoption.
3.Objecting to a proposed victim-specific word for the Holocaust is not just a Romani issue; a debate over the use of Shoah for the Jewish Holocaust and calls for its disuse have recently been ongoing in the French press (Meschonnic, 2005).
4.Romani does not have prefixing except in some dialects heavily influenced by non-Romani syntax, e.g. Czech Romani de-našel, “flee,” English Romani for-del “forgive.” Like samudaripen, the word for “international” (sathemengo) is a creation by a non-Romani linguist. The one morpheme usually regarded as an enclitic, viz. bi (“without,” “un-”), is in fact an independent word, and can be separated from its referent: bi murro mobìli “without my car.”
I want to thank Ronald Lee and Donald Kenrick for their useful comments on this essay.
Works listed
Barsony Janos & Daroczi Agnes, 2007. Pharrajimos: The Fate of the
Roma During the Holocaust. Budapest: CEU Press.
Barthélémy, André, n.d.. Dictionnaire du Tsigane Kalderash. n.p.
Boretzky N. & B. Igla, 1994. Wörterbuch Romani Deutsch Englisch.
Wiesbaden: Harrassowitz.
Calvet, Georges, 1993. Dictionnaire Tsigane-Franç
L'Asiathique.
Demeter, R.S. & P.S. Demeter, 1990. Gypsy-Russian and Russian-
Gypsy Dictionary (Kalderash Dialect). Moscow: Russky
Yazyk.
Gábor Bernáth, ed., 2000. Porrajmos: E Roma Seron Kon Perdal
Zhuvinde – Roma Holocaust Túlélők Emlékeznek. Budapest:
Royal Dutch Embassy.
Gjerdman, O. & Eric Ljungberg, 1963. The Language of the Swedish
Coppersmith Gipsy Johan Dimitri Taikon. Uppsala:
Lundquist.
Hübschmannová, M., Hana Šebková & Anna Žigová, 1991. Romsko-
Český a Česko-Romský Slovník. Prague: SPN.
Meschonnic, Henri, 2005. “Pour en finir avec le mot «Shoah»,” Le
Monde, Feb. 20th.
Petrovski, T. & B. Veličkovcki, 1998. Makedonsko-Romski i Romsko-
Makedonski Rečnik. Skopje: Vorldbuk.
Puxon, Grattan & Donald Kenrick, 1988. Berša Bibahtale. London:
Romanestan Publications.
Stewart, Michael, 2004. “Remembering without commemoration: the
mnemonics and politics of Holocaust memories among
European Roma,” Journal of the Royal Anthropological
Institute, n.s., 10:561-582.
Turner, Ralph, 1966. A Comparative Dictionary of the Indo-Aryan
Languages. London: Oxford University Press.
Uhlik, Rade, 1939. [A Bosnian Romani Dictionary], ms. Edited and
translated into English by Frederick George Ackerly, Journal
of the Gypsy Lore Society, 1941-3.
Uhlik, Rade, 1983. Srpskohrvatsko-
Sarajevo: Svjetlost.
PHARRAJIMOS (Holocausto Cigano)
A intolerância passada a limpo
Alemanha lança projeto pioneiro para resgatar a cultura dos ciganos na Europa, onde vivem 10 milhões deles - por Rozane Monteiro
“Em 1944, ordem dada no dia 2 de agosto foi a de destruir o ''campo cigano''. O cenário era Auschwitz, Polônia, onde 2.898 homens, mulheres e crianças ciganos foram enviados para a câmara de gás por ordem dos oficiais nazistas alemães, que já perdiam a guerra. Passados 61 anos, é a Alemanha que dá um passo pioneiro para a preservação da cultura de um grupo étnico formado por 10 milhões de pessoas espalhadas pela Europa, que sempre foi perseguido e estereotipado. Na semana passada, o premier do estado alemão Rhineland-Palatinate, Kurt Beck, e o líder dos ci ganos na região, Jacques Delfeld, assinaram um acordo que prevê, entre outros pontos de valorização da cultura do grupo, o ensino da língua cigana nas escolas estaduais.
Rhineland-Palatinate fica numa região onde havia um campo de concentração e é o primeiro estado alemão a reconhecer os ciganos (conhecidos na Europa como ''romas'') como grupo étnico no país, que tem 100 mil cidadãos com essa origem. Cerca de 10% desse total estão na área onde foi assinado o acordo, que também proíbe policiais de escreverem em seus registros criminais a palavra ''cigano'' para descrever qualquer um dos envolvidos. Ainda não há cronograma para o programa entrar em prática, mas demonstra a disposição do país para acabar com uma discriminação milenar, que começou quando os primeiros ciganos saíram da Índia, por volta do século X.
Os motivos da diáspora são até hoje desconhecidos pelos historiadores, mas sabe-se que uma das primeiras regiões a receber os migrantes foi a atual Romênia, onde há 1,8milhão de ciganos, a maior concentração de toda a Europa. Esse caráter nômade do primeiro grupo que saiu de sua terra acabou ficando como estigma, origem do preconceito de que até hoje são vítimas - atualmente, somente 5% deles ainda são nômades. Some-se a isso a cor da pele de muitos ciganos, quase sempre escura.
Esse mesmo preconceito acabou gerando um significativo desencontro nas estatísticas. Como também há ciganos brancos e como alguns grupos que se instalaram em determinados países acabaram adquirindo as características étnicas da região em que vivem, é possível para muitos deles omitirem a sua origem nos censos. Esses, sempre que precisam se identificar como cidadãos, mencionam apenas o país em que nasceram.
- Há pessoas que, simplesmente, não consideram os ciganos como pessoas. Aqui na Europa, se você quiser acabar com a carreira de alguém ou derrotar algum político, é só dar um jeito de insinuar que ele tem origem cigana - diz ao JB, por telefone, Karin Waringo, jornalista e pesquisadora nascida em Luxemburgo, especialista na cultura cigana e em políticas contra a discriminação racial.
A jornalista compara a perseguição dos nazistas aos judeus (6 milhões foram mortos) com a sofrida pelos ciganos no mesmo período (500 mil):
- O anti-semitismo mudou e e ainda está passando por transformações. Como conseqüência do reconhecimento do genocídio dos judeus o discurso anti-semita puro agora é politicamente incorreto. O genocídio contra os ciganos da Europa permanece desconhecido para a maioria dos europeus, e eles ainda trazem o mesmo estigma que os levou aos campos de concentração.
Erika Schlager, conselheira da Comissão de Segurança e Cooperação do governo americano na Europa, (a Comissão Helsinque), também é especialista na cultura cigana.
- Por algum motivo, eles achavam que os ciganos se degeneram a cada geração. Por isso, eram mais visados naqueles experimentos de esterilização que os nazistas faziam nos campos de concentração - diz.
Karin Waringo elogia o projeto alemão, mas lembra que é preciso encontrar uma saída para um outro problema educacional, muito pior, segundo ela, do que a ausência da cultura cigana nas escolas. Em vários países europeus, crianças ciganas pobres são enviadas para escolas destinadas a alunos com problemas mentais.
- As escolas convencem as famílias de que o menino ou a menina tem problemas e que naquelas escolas serão mais bem tratados. E os submetem a um questionário propositalmente mais difícil que as crianças de mesma idade e de uma cultura diferente da sua ou manipulam as respostas. Por exemplo, uma das perguntas é o que a criança faria se visse sua casa pegando fogo. A branca, de classe média, responde que chamaria os bombeiros. A cigana, que pegaria um cavalo para buscar água. É tida como problemática. É desumano. Eu diria que em países como as repúblicas Tcheca e Eslovaca e Hungria, algo entre 70% e 80% dos alunos dessas escolas são ciganos.
Anita Vlcek, estudante tcheca que acaba de encerrar sua tese ''A Integração dos Ciganos Através da Educação'', lembra outro desses ''testes psicológicos'' feitos em seu país.
- Um deles é absurdo. Isso está registrado. O professor está entrevistando a mãe e sua criança e joga uma bala no chão. A mãe não sabe que se trata de um teste, e pega a bala. Esse aluno foi rejeitado por ser ''muito lento''
- É preciso que a luta contra a discriminação seja uma prioridade, ao lado do foco na educação. É a única forma de se reverter esse quadro diz - Erika Schlager”.
Enviado por Lyanka Alexys (St° André/SP) p/ “Contra o Preconceito a Ciganos” – Comunidade do Orkut
LOS GITANOS EN BRASIL
Por: CRISTINA DA COSTA
Existen actualmente en América Latina, según datos de la Unión Romaní Internacional, cerca de un millón y medio de Gitanos, de los cuales nos ochocientos mil viven en Brasil. A pesar de este considerable número, en la mayoría de ellos no se ha despertado la necesidad de afirmarse como pueblo. Muchos ocultan su origen, y otros prefieren afirmar de forma romántica que “mientras haya una estrella en el cielo, habrá Gitanos en el mundo”.
Ese ocultarse, bien lo sabemos, viene de los prejuicios que ha habido contra este pueblo a lo largo de "la Historia" y en los más diversos países. Brasil no fue diferente.
El primer Gitano que llegó a Brasil fue Joao Torres, en 1574, quien había sido expulsado de Portugal. A éste le seguirían muchos otros, y a todos les acompañaba el estigma de la persecución de que habían sido objeto en toda Europa. En Brasil se sucederían edictos, leyes y decretos que buscaban controlar a los Gitanos: reglamentación profesional, de morada, prohibición del uso de sus trajes típicos y del uso del romanó-kaló, la vieja prohibición de ser Gitano.
Durante los siglos XVI y XVII los Gitanos fueron extendiéndose por todo Brasil, principalmente por los estados de Río de Janeiro, Sao Paulo, Bahía, Minas Gerais y Pernambuco. A partir de 1808, con la llegada de la familia real portuguesa, hubo una gran leva de Gitanos, que en la corte de Joao VI en Río de Janeiro ejercían como artistas para el entretenimiento de las fiestas del rey, herreros y merinos (oficiales de justicia). Así pues, los Gitanos fueron los primeros oficiales de justicia del país, y muchos del grupo Kalón aún ejercen hoy esa profesión en el Forum de la ciudad de Río de Janeiro.
Resulta interesante observar que no de los más famosos organizadores de las fiestas de la Corte era el Gitano Conde de Bofia, que hoy da nombre a una calle de esta ciudad. Hasta entonces sólo legaban a Brasil Gitanos venidos de Portugal y, más raramente, de España (los Kalóns). A partir de 1882, con la independencia de Brasil, llegarían los Rom (no ibéricos).
Pluralidad de grupos Gitanos
La división por grupos que mejor refleja la realidad de la presencia de los Gitanos en Brasil es la siguiente:
1.Rom:
- Kalderash: Es el subgrupo más prestigioso de Brasil. Son caldereros y algunos logran ascender económica y profesionalmente.
- Khorakhane: Originarios de Grecia y Turquía.
- Macwaia: Los que más niegan su origen Gitano entre los Gitanos de Brasil.
- Rudari: Provenientes principalmente de Rumania.
- Lovara: Está en franco retroceso en Brasil, y se autodefinen como emigrantes italianos.
2.Kaló:
- Gitanos ibéricos: En Río de Janeiro y Sao Paulo se identifican como emigrantes portugueses y españoles y en su mayoría son comerciantes, taxistas y, unos pocos, universitarios.
Estructura social
La situación de los Gitanos en Brasil es la misma que en otros países del mundo: prejuicios de los gadye (payos), que comportan a veces pérdidas sucesivas de sus rasgos culturales. El ya fallecido Juscelino Kubitscheck de Olivera, uno de los más importantes presidentes del país (1956-1960), nunca delató su origen Gitano.
Los nómadas son minoría en Brasil y se encuentran bastante marginados. Son los que más sufren los prejuicios de la población local donde acampan, pues sus barracas, caballos y trajes les identifican de inmediato como Gitanos. Los hombres viven del comercio de caballos y, a veces, del de automóviles viejos, del arreglo de utensilios de cocina y de la artesanía del cobre. Las mujeres viven de la quiromancia: van por las calles ofreciendo su lectura de las líneas de la mano.
El brasileño es en pueblo extremadamente místico, debido a la fuerte presencia en su estructura social de afrodescendientes e indígenas, pueblos ambos que cultivan estas prácticas milenarias. Es por esta vía por donde los Gitanos encuentran con cierta facilidad la forma de penetrar en la sociedad brasileña. Entre los nómadas, los matrimonios son previamente concertados y los novios se casan siendo todavía adolescentes (doce años para las chicas y quince para los chicos). Hoy en día, sin embargo, existen bodas mixtas entre los nómadas.
En relación a sus muertos, los nómadas tienen la costumbre de verter bocanadas de vino en la fosa donde depositan al difunto, así como de volver siempre al lugar donde su antepasado fue enterrado. Les encanta bailar y cantar, pero su arte musical está bastante mezclado con los ritmos de las ciudades del interior del Brasil. Los que se encuentran ya sedentarizados consiguen, a pesar de haber dejado de lado el nomadismo desde hace varias generaciones, mantener algunas tradiciones de sus antepasados europeos.
Variadas profesiones
Los Gitanos del mismo grupo procuran habitar en el mismo barrio, en casas próximas o en el mismo edificio. Van siempre juntos por las calles y se encuentran en grupo en las plazas de las ciudades. Entre ellos hay abogados, médicos, comerciantes de tapices y de automóviles, dueños de circos, industriales, profesores, músicos o cartomantes, es decir, que ejercen las más variadas profesiones. Su comportamiento es muy igual que el de cualquier otro ciudadano brasileño común, pero con la excepción de que en sus casas habitan por encima de todo Gitanos.
Los casamientos se conciertan siempre antes --rarísimamente se casan con miembros de fuera de su raza-- y duran tres días. El segundo día, una vez comprobada la virginidad de la novia, los padres de los novios rasgan sus camisones en medio de cantos y bailes, mientras la familia de la novia empuña orgullosamente el camisón ensangrentado en señal de júbilo.
La música de los sedentarios, tanto del grupo Rom - a base de violín - como en el grupo Kalón - a base de violón acompañado de palmas: el flamenco no difiere mucho de la de los Gitanos europeos. De esta forma, los Gitanos sedentarios brasileños convierten en una cuestión de honor el hecho de mantener su tradición musical.
El pomana, ritual de los antepasados, se realiza en Brasil tres días después del fallecimiento de la persona y se repite después de cuarenta y un días, seis meses y un año después, cuando tiene lugar el fin de las celebraciones. Esta ceremonia debe tener lugar siempre en sábado y a ella acuden parientes y amigos del muerto venidos de todas partes del país.
Fiestas religiosas
Los Gitanos tienen sus propias fiestas religiosas, basadas en la santa protectora de determinadas familias. En este sentido hacen la slava, ceremonia en la que homenajean a una santa y sirven un banquete. Amigos y parientes bailan alrededor de la mesa. Esta fiesta debe tener lugar siempre antes de la muerte del patriarca de la familia; después de su muerte, el hijo más joven estará obligado a continuar la fiesta hasta que tenga un hijo. En cuanto a la religión hay Gitanos católicos, protestantes, espiritistas y ortodoxos, y frecuentan las más diversas iglesias. Sin embargo, en sus casas conservan prácticas místicas como la quiromancia, la cartomancia o la lectura de la suerte en el juego de las monedas. Por su semejanza a Sara, a Kali, por lo que respecta al color de la piel, los Gitanos brasileños rinden culto, entre otras, a Nuestra Señora Aparecida, que se festeja el 12 de octubre. También a San Jorge, a San Nicolás o a Santa Bárbara. Si bien no se puede hablar de una religión Gitana, sí puede afirmarse que los Gitanos tienen un sentimiento de la religiosidad muy fuerte.
En cuestiones económicas, las separaciones de casados y demás situaciones son resueltos por el padre de familia, por el líder del grupo o, en casos extremos, por la Kriss Romaní o Consejo de Justicia Paralelo, compuesto por los Gitanos más ancianos y respetados. La mayoría de los Gitanos no permite que sus hijos frecuenten la escuela durante mucho tiempo. En este sentido, en relación con los nómadas, la Pastoral de Nómadas de Brasil realiza un excelente trabajo, liderado por el padre italiano Renato Rosso, quien bautiza, alfabetiza y casa a las personas de los grupos que lo desean. Por lo que respecta a los sedentarios, muchos alegan que la enseñanza de los gadye nada tiene que ver con la visión del mundo de los Gitanos y afirman acabará alejando a los jóvenes de la tradición. Creen que sólo es necesario que sus hijos aprendan a leer, escribir y tener algunas nociones de matemáticas “para no ser engañados por los gadye (payos)”.
Minoría en la Universidad
Una minoría, sin embargo, ha accedido ya a la universidad y ve los estudios y la mejora intelectual como la única salida del pueblo Gitano para la supervivencia en la sociedad mayoritaria. Folclor aparte, el Gitano se organiza en este final de siglo XX con el objeto de mantener sus tradiciones; de lo contrario, en algunos años, será un pueblo apenas recordado por la literatura, el cine, la música o la memoria de las personas.
Desde hace mediados de la década de los ochenta del siglo XX existe en el país el Centro de Estudios Gitanos de Brasil (CEC), que intenta mostrar la realidad del pueblo Gitano en este país, por medio de conferencias, vídeos, entrevistas a periódicos y emisoras de radio y televisión, publicación de libros y presentaciones musicales. De esta forma, se pretende fortalecer la identidad cultural Gitana haciéndoles convivir con la realidad que los circunda. El CEC está presidido por el Gitano Mio Vacite, violinista de profesión. En mayo de 1989, el CEC consiguió que el prefecto de Itaguaí (municipio del estado de Río de Janeiro), cediese un terreno a los nómadas que pasan por allí frecuentemente y que a veces encontraban dificultades para acampar. Esperamos que otros prefectos sigan el ejemplo.
Hay mucho que hacer, puesto que el CEC no está afiliado a ninguna entidad gubernamental y no cuenta tampoco con la ayuda de particulares. Todo ello teniendo en cuenta que estamos en un país del Sur. Pero lo que se espera es que cada vez más Gitanos brasileños se conciencien de la necesidad de este movimiento para su supervivencia como pueblo en Brasil.
Tomado de: I Tchatchipen. No. 13. Enero–Marzo–Diciembre. 1996. Barcelona.
Bibliografía
CRISINA DA COSTA. Povo Cigano. Río de Janeiro. Edición de Autor. 1986.
CRISINA DA COSTA. Os Ciganos continuam na estrada. Río de Janeiro. Edición de Autor. 1989.
MELO MORALES FILHO. Os Ciganos no Brasil. Sao Paulo. VSP. 1981.
ATICO VILAS-BOAS DA MOTA. Os Ciganos do Brasil. Río de Janeiro. FGV. 1984. En: El Correo de la UNESCO
Existen actualmente en América Latina, según datos de la Unión Romaní Internacional, cerca de un millón y medio de Gitanos, de los cuales nos ochocientos mil viven en Brasil. A pesar de este considerable número, en la mayoría de ellos no se ha despertado la necesidad de afirmarse como pueblo. Muchos ocultan su origen, y otros prefieren afirmar de forma romántica que “mientras haya una estrella en el cielo, habrá Gitanos en el mundo”.
Ese ocultarse, bien lo sabemos, viene de los prejuicios que ha habido contra este pueblo a lo largo de "la Historia" y en los más diversos países. Brasil no fue diferente.
El primer Gitano que llegó a Brasil fue Joao Torres, en 1574, quien había sido expulsado de Portugal. A éste le seguirían muchos otros, y a todos les acompañaba el estigma de la persecución de que habían sido objeto en toda Europa. En Brasil se sucederían edictos, leyes y decretos que buscaban controlar a los Gitanos: reglamentación profesional, de morada, prohibición del uso de sus trajes típicos y del uso del romanó-kaló, la vieja prohibición de ser Gitano.
Durante los siglos XVI y XVII los Gitanos fueron extendiéndose por todo Brasil, principalmente por los estados de Río de Janeiro, Sao Paulo, Bahía, Minas Gerais y Pernambuco. A partir de 1808, con la llegada de la familia real portuguesa, hubo una gran leva de Gitanos, que en la corte de Joao VI en Río de Janeiro ejercían como artistas para el entretenimiento de las fiestas del rey, herreros y merinos (oficiales de justicia). Así pues, los Gitanos fueron los primeros oficiales de justicia del país, y muchos del grupo Kalón aún ejercen hoy esa profesión en el Forum de la ciudad de Río de Janeiro.
Resulta interesante observar que no de los más famosos organizadores de las fiestas de la Corte era el Gitano Conde de Bofia, que hoy da nombre a una calle de esta ciudad. Hasta entonces sólo legaban a Brasil Gitanos venidos de Portugal y, más raramente, de España (los Kalóns). A partir de 1882, con la independencia de Brasil, llegarían los Rom (no ibéricos).
Pluralidad de grupos Gitanos
La división por grupos que mejor refleja la realidad de la presencia de los Gitanos en Brasil es la siguiente:
1.Rom:
- Kalderash: Es el subgrupo más prestigioso de Brasil. Son caldereros y algunos logran ascender económica y profesionalmente.
- Khorakhane: Originarios de Grecia y Turquía.
- Macwaia: Los que más niegan su origen Gitano entre los Gitanos de Brasil.
- Rudari: Provenientes principalmente de Rumania.
- Lovara: Está en franco retroceso en Brasil, y se autodefinen como emigrantes italianos.
2.Kaló:
- Gitanos ibéricos: En Río de Janeiro y Sao Paulo se identifican como emigrantes portugueses y españoles y en su mayoría son comerciantes, taxistas y, unos pocos, universitarios.
Estructura social
La situación de los Gitanos en Brasil es la misma que en otros países del mundo: prejuicios de los gadye (payos), que comportan a veces pérdidas sucesivas de sus rasgos culturales. El ya fallecido Juscelino Kubitscheck de Olivera, uno de los más importantes presidentes del país (1956-1960), nunca delató su origen Gitano.
Los nómadas son minoría en Brasil y se encuentran bastante marginados. Son los que más sufren los prejuicios de la población local donde acampan, pues sus barracas, caballos y trajes les identifican de inmediato como Gitanos. Los hombres viven del comercio de caballos y, a veces, del de automóviles viejos, del arreglo de utensilios de cocina y de la artesanía del cobre. Las mujeres viven de la quiromancia: van por las calles ofreciendo su lectura de las líneas de la mano.
El brasileño es en pueblo extremadamente místico, debido a la fuerte presencia en su estructura social de afrodescendientes e indígenas, pueblos ambos que cultivan estas prácticas milenarias. Es por esta vía por donde los Gitanos encuentran con cierta facilidad la forma de penetrar en la sociedad brasileña. Entre los nómadas, los matrimonios son previamente concertados y los novios se casan siendo todavía adolescentes (doce años para las chicas y quince para los chicos). Hoy en día, sin embargo, existen bodas mixtas entre los nómadas.
En relación a sus muertos, los nómadas tienen la costumbre de verter bocanadas de vino en la fosa donde depositan al difunto, así como de volver siempre al lugar donde su antepasado fue enterrado. Les encanta bailar y cantar, pero su arte musical está bastante mezclado con los ritmos de las ciudades del interior del Brasil. Los que se encuentran ya sedentarizados consiguen, a pesar de haber dejado de lado el nomadismo desde hace varias generaciones, mantener algunas tradiciones de sus antepasados europeos.
Variadas profesiones
Los Gitanos del mismo grupo procuran habitar en el mismo barrio, en casas próximas o en el mismo edificio. Van siempre juntos por las calles y se encuentran en grupo en las plazas de las ciudades. Entre ellos hay abogados, médicos, comerciantes de tapices y de automóviles, dueños de circos, industriales, profesores, músicos o cartomantes, es decir, que ejercen las más variadas profesiones. Su comportamiento es muy igual que el de cualquier otro ciudadano brasileño común, pero con la excepción de que en sus casas habitan por encima de todo Gitanos.
Los casamientos se conciertan siempre antes --rarísimamente se casan con miembros de fuera de su raza-- y duran tres días. El segundo día, una vez comprobada la virginidad de la novia, los padres de los novios rasgan sus camisones en medio de cantos y bailes, mientras la familia de la novia empuña orgullosamente el camisón ensangrentado en señal de júbilo.
La música de los sedentarios, tanto del grupo Rom - a base de violín - como en el grupo Kalón - a base de violón acompañado de palmas: el flamenco no difiere mucho de la de los Gitanos europeos. De esta forma, los Gitanos sedentarios brasileños convierten en una cuestión de honor el hecho de mantener su tradición musical.
El pomana, ritual de los antepasados, se realiza en Brasil tres días después del fallecimiento de la persona y se repite después de cuarenta y un días, seis meses y un año después, cuando tiene lugar el fin de las celebraciones. Esta ceremonia debe tener lugar siempre en sábado y a ella acuden parientes y amigos del muerto venidos de todas partes del país.
Fiestas religiosas
Los Gitanos tienen sus propias fiestas religiosas, basadas en la santa protectora de determinadas familias. En este sentido hacen la slava, ceremonia en la que homenajean a una santa y sirven un banquete. Amigos y parientes bailan alrededor de la mesa. Esta fiesta debe tener lugar siempre antes de la muerte del patriarca de la familia; después de su muerte, el hijo más joven estará obligado a continuar la fiesta hasta que tenga un hijo. En cuanto a la religión hay Gitanos católicos, protestantes, espiritistas y ortodoxos, y frecuentan las más diversas iglesias. Sin embargo, en sus casas conservan prácticas místicas como la quiromancia, la cartomancia o la lectura de la suerte en el juego de las monedas. Por su semejanza a Sara, a Kali, por lo que respecta al color de la piel, los Gitanos brasileños rinden culto, entre otras, a Nuestra Señora Aparecida, que se festeja el 12 de octubre. También a San Jorge, a San Nicolás o a Santa Bárbara. Si bien no se puede hablar de una religión Gitana, sí puede afirmarse que los Gitanos tienen un sentimiento de la religiosidad muy fuerte.
En cuestiones económicas, las separaciones de casados y demás situaciones son resueltos por el padre de familia, por el líder del grupo o, en casos extremos, por la Kriss Romaní o Consejo de Justicia Paralelo, compuesto por los Gitanos más ancianos y respetados. La mayoría de los Gitanos no permite que sus hijos frecuenten la escuela durante mucho tiempo. En este sentido, en relación con los nómadas, la Pastoral de Nómadas de Brasil realiza un excelente trabajo, liderado por el padre italiano Renato Rosso, quien bautiza, alfabetiza y casa a las personas de los grupos que lo desean. Por lo que respecta a los sedentarios, muchos alegan que la enseñanza de los gadye nada tiene que ver con la visión del mundo de los Gitanos y afirman acabará alejando a los jóvenes de la tradición. Creen que sólo es necesario que sus hijos aprendan a leer, escribir y tener algunas nociones de matemáticas “para no ser engañados por los gadye (payos)”.
Minoría en la Universidad
Una minoría, sin embargo, ha accedido ya a la universidad y ve los estudios y la mejora intelectual como la única salida del pueblo Gitano para la supervivencia en la sociedad mayoritaria. Folclor aparte, el Gitano se organiza en este final de siglo XX con el objeto de mantener sus tradiciones; de lo contrario, en algunos años, será un pueblo apenas recordado por la literatura, el cine, la música o la memoria de las personas.
Desde hace mediados de la década de los ochenta del siglo XX existe en el país el Centro de Estudios Gitanos de Brasil (CEC), que intenta mostrar la realidad del pueblo Gitano en este país, por medio de conferencias, vídeos, entrevistas a periódicos y emisoras de radio y televisión, publicación de libros y presentaciones musicales. De esta forma, se pretende fortalecer la identidad cultural Gitana haciéndoles convivir con la realidad que los circunda. El CEC está presidido por el Gitano Mio Vacite, violinista de profesión. En mayo de 1989, el CEC consiguió que el prefecto de Itaguaí (municipio del estado de Río de Janeiro), cediese un terreno a los nómadas que pasan por allí frecuentemente y que a veces encontraban dificultades para acampar. Esperamos que otros prefectos sigan el ejemplo.
Hay mucho que hacer, puesto que el CEC no está afiliado a ninguna entidad gubernamental y no cuenta tampoco con la ayuda de particulares. Todo ello teniendo en cuenta que estamos en un país del Sur. Pero lo que se espera es que cada vez más Gitanos brasileños se conciencien de la necesidad de este movimiento para su supervivencia como pueblo en Brasil.
Tomado de: I Tchatchipen. No. 13. Enero–Marzo–Diciembre. 1996. Barcelona.
Bibliografía
CRISINA DA COSTA. Povo Cigano. Río de Janeiro. Edición de Autor. 1986.
CRISINA DA COSTA. Os Ciganos continuam na estrada. Río de Janeiro. Edición de Autor. 1989.
MELO MORALES FILHO. Os Ciganos no Brasil. Sao Paulo. VSP. 1981.
ATICO VILAS-BOAS DA MOTA. Os Ciganos do Brasil. Río de Janeiro. FGV. 1984. En: El Correo de la UNESCO
DIA NACIONAL DO CIGANO
CIGANO TEM SEU DIA
O Dia Nacional do Cigano foi comemorado pela primeira vez na história do Brasil, no dia 24 de maio. A data foi instituída em 2006 por meio de decreto do presidente Lula, que reconheceu a importância da contribuição da etnia cigana no processo de formação da história e da identidade cultural brasileira.
O governo, por meio do Ministério da Cultura e da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, elaborou uma programação com uma série de atividades para comemorar a data.
A Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, em parceria com o Grupo de Trabalho para as Culturas Ciganas, organizou as comemorações do Dia Nacional do Cigano, com atividades no auditório do Palácio do Itamaraty.
Na programação de quinta-feira (24 de maio), com a participação de 81 ciganos e de diversas autoridades, foram inclusas atividades como o lançamento, por parte dos Correios/ECT, de selo e carimbo alusivos à data.
Neste memorável evento o Grupo de ciganos do Rio de Janeiro "Mio Vacite e o Encanto Cigano", representando a União Cigana do Brasil se apresentou mostrando a arte da música e dança cigana.
Fonte: http://minhanoticia.ig.com.br/materias/440501-441000/440819/440819_1.html
GITANIDAD
REALIDAD Y MITO: IMAGINARIOS DE LA GITANIDAD
Por: JUAN PABLO NIETO - MARCELA OSPINA SALCEDO - CATALINA SÁNCHEZ LEYVA*
PRIMERA PARTE: PROCESO HISTÓRICO - IDENTIDAD GITANA Y RELACIONES INTERSOCIALES
Para explorar el mundo de la realidad Gitana, es necesario contextualizarla dentro de un proceso histórico que la defina en cuanto a su esencia, tradición y costumbres. Nos remitiremos a la compilación histórica hecha por Teresa San Román[1], y a fuentes diversas que citaremos más adelante, y de este modo lograr un mayor acercamiento a la historia de este pueblo.
El origen del pueblo Gitano se remite al noroccidente de la India para antes del año mil. La primera migración Gitana se sitúa en el siglo IX cuando el Islam invade la India y los pueblos del norte empiezan a emigrar hacia occidente. La segunda migración se produce en el siglo XIII, cuando los llamados Gitanos abandonan el territorio ante la presión de los ejércitos mongoles que están conquistando el territorio[2]
Grecia y Armenia fueron importantes puentes en el paso de estos grupos al continente europeo. Hacia la mitad del siglo XIV se destacan asentamientos Gitanos en todas las islas del Mediterráneo y en la Grecia continental. Poco a poco los grupos Gitanos se fueron extendiendo por toda Europa. Dependiendo de las costumbres, la zona geográfica que ocuparon y la variante dialectal de la propia lengua hablada por los Gitanos, se van configurando los grandes grupos que han sobrevivido hasta hoy en día: Kalé, Lovari, Sinti, Kalderash y Manouche.
La presencia de los Gitanos en España está registrada para el siglo XV. Llegados a la península a través de los Pirineos, esto atestiguado en un documento de 1425 cuando el rey Juan II de Aragón concede una cédula de paso a Juan y Tomás, los cuales se hacían llamar condes de Egipto menor; de este nombre surgiría la palabra Gitano por la cual se conoce en castellano a los Roma.>>Sin embargo en el primer libro citado, se hace referencia a dos oleadas distintas con diferentes procedencias, la primera es la mencionada anteriormente, y la segunda es a través del Mediterráneo ya en 1488. Cabe aclarar que la oleada más citada fue la primera, debido a las historias que los Gitanos proclamaban sobre su origen, y por la novedad de su presencia. Según otras fuentes, se registra una primera oleada en el siglo XIII por el sur de España.
La aceptación del grupo Gitano es una cuestión que genera muchas dudas, y más que esto, produce un gran impacto, debido a la situación vivida durante este período en la península Ibérica; en este momento el territorio sufre la etapa culminante de la reconquista española cristiana, y a pesar de esto es interesante ver como según las fuentes la aceptación de los Gitanos se da tanto en Aragón, como también en Castilla y los otros reinos. El siguiente párrafo contribuirá a aclarar el por qué de este hecho: "Llegaron a París doce penitentes, según ellos decían, a saber, un duque, un conde y diez hombres, todos a caballo, que se decían buenos cristianos, procedentes del bajo Egipto. Aseguraban, así mismo, que antes también habían sido cristianos, que éstos les habían sometido no mucho tiempo atrás, tanto a ellos como a todo su país, y que los habían hecho convertirse o morir a los que se rehusaban a cambiar de credo...Algún tiempo después de haber ellos abrazado la fe cristiana los sarracenos los asaltaron, se rindieron a estos enemigos y volvieron a ser sarracenos, renegando de nuestro señor. Ocurrió, más tarde, que los cristianos como el emperador de Alemania, el rey de Polonia y otros señores enterados que habían procedido con tanta falsía al abandonar sin mayor trabajo nuestra fe para retornar a su condición de sarracenos e idólatras, los atacaron y vencieron con facilidad...El emperador y los demás señores luego de larga deliberación y consejo, decidieron que en lo sucesivo los vencidos no poseerían tierras en su propio país, hasta que el Papa no consintiera en ello, para lo cual, era conveniente que fueran a ver al santo padre a Roma. Hacia allá marcharon todos, grandes y pequeños, con gran sufrimiento de los niños. Al llegar hicieron confesión general de los pecados...El papa les ordenó, como penitencia, que durante siete años seguidos anduvieran por el mundo sin acostarse en el lecho. Como ayuda de gastos dispuso que todo obispo o abad portador de báculo les diera por una sola vez diez libras tornesas; les entregó cartas de paso para los prelados de la Iglesia en las que hacía mención de lo por él dispuesto, y les dio su bendición. Se marcharon, pues y erraron por el mundo durante cinco años antes de llegar a París los doce de que he hablado, el 17 de agosto de 1427". Diario de un Burgués de París, 1427.
De lo anterior podemos inferir que la importancia del papa (Martín V 1417-1431) como representante de la Iglesia, legitima la presencia Gitana, a través de las cartas de presentación otorgadas por este; lo cual no es más que la autorización para su libre tránsito y buena acogida en los territorios por los cuales circularan . Esta situación cobra mayor importancia en la península Ibérica, por el poder e influencia de la religión, generados estos a través del conflicto con el Islam; cabe anotar que en la península a partir de la Reconquista, surgieron grupos de judíos y musulmanes conversos que no recibían el mismo trato, esto no puede pasar desapercibido, pues como hemos visto y como citaremos más adelante los Gitanos fueron bien acogidos a pesar de su calidad de conversos, según el dictado papal. Esta es una de las razones para tal hospitalidad, otra puede encontrarse en los títulos de nobleza que ostentaban, y en el atractivo de lo desconocido, pues estos recrearon y contaron mil historias extrañas sobre su origen, además manejaban artes quirománticas; esto entre otras cosas contribuyó a la imagen misteriosa y exótica que los seguiría hasta el presente. Según la compilación hecha por Teresa San Roman, la evolución del grupo Gitano en España puede dividirse en varios períodos, una primera etapa seria la caracterizada por la ausencia de conflictos desde su penetración hasta la promulgación de las primeras Pragmáticas reales contra ellos, dentro de esta se encuentra la situación anteriormente mencionada. La segunda es caracterizada por el deseo de la corona de expulsarlos.
Desde la Pragmática de 1499, hasta 1633 en que por una nueva Felipe IV revoca la anterior en pro de los criterios poblacionistas del periodo. Una tercera de integración legal desde 1633 hasta la última Pragmática, en este caso de Carlos III quien les declaró en 1783 iguales al resto de sus súbditos. En este periodo la corona intentara hacer desaparecer su nomadismo y convertirlos en personas productivas para el reino. La cuarta etapa sería a partir de la fecha anterior, donde no vuelve a promulgarse ninguna ley o decreto especifico para esta minoría, y es aquí donde puede comenzarse a hablar de la incorporación definitiva de los Roma a España.
Los edictos contra los Gitanos se caracterizaron por la negación explícita de su cultura y costumbres, es el caso de la Pragmática de los Reyes católicos en 1499, donde ordenaban la expulsión inmediata de los Gitanos concediéndoles un plazo de sesenta días para salir del reino o para que tomaran oficios conocidos; a los que no se acogieran a la ley se les daría cien azotes y se les desterraría a perpetuidad, si reincidían se les cortarían las orejas y permanecerían sesenta días encadenados. En caso de una tercera infracción serian esclavos para toda su vida. Estas sentencias serían el comienzo de una serie de leyes coercitivas, algunas bajo el velo de la permisividad. Una ley de 1528 en la cual se impartía el destierro para el que no tuviera oficio conocido, otra, de las impartidas por Felipe II en 1558 los obligaba a dejar su forma de vida tradicional para instalarlos en villorrios y poblados. El 28 de Junio de 1619 Felipe III da un plazo de seis meses para que estos salgan del reino bajo pena de muerte, a todos los gitanos que no se empleasen en el trabajo de la tierra. Felipe IV en 1633 prohibe a los Gitanos vivir en comunidad (entre ellos), usar su vestimenta tradicional, hablar su propia lengua, creer y practicar sus tradiciones, con pena de destierro de tres años. En este Edicto se dice que los Gitanos son españoles queriendo significar la negación de su cultura. En 1692 Carlos II prohibe a los Gitanos que vivan en pueblos de menos de tres mil habitantes, porten armas y se dediquen a oficios distintos a la agricultura.
Nuevamente Carlos II, en 1695, prohibe expresamente a los Gitanos ocuparse en sus oficios tradicionales, como el de la herrería y la forja de metales, tener caballos y abandonar el pueblo bajo la amenaza de ser conducidos a las galeras durante seis años. Un documento que se dio a conocer en Madrid en 1705, autorizaba a los corregidores y otros agentes de la justicia, a disparar contra los gitanos que anduvieran por los caminos y se negaran a entregar sus armas. Se autorizó, también, perseguirlos aún dentro de las iglesias de refugio (tierra consagrada), sitios tradicionalmente inviolables donde se podían refugiar los criminales perseguidos por la ley.
El 19 de septiembre de 1733 Carlos III prohíbe nuevamente a los Gitanos usar su propio idioma y seguir su tradición cultural. Los obliga a sedentarizarse y les fija un plazo de noventa días para que encuentren un oficio conocido. Un Decreto Prefectoral del año de 1802 hizo que en una noche todos los Gitanos del País Vasco se vieran rodeados de un inmenso cerco de policías y conducidos a los puertos del Atlántico para ser transportados a las colonias americanas. Únicamente la guerra marítima impidió llevar a cabo semejante proyecto. Después de una larga detención y como no se sabía que hacer con los gitanos, se tomó la determinación de dejarlos en libertad. (Ver al respecto a CLEBERT, Jean Paul. 1985. Los Gitanos. Barcelona: Biblioteca de Historia No.47. Ediciones Orbis, S.A. P.75 y ss.).
Tenemos pues que a los Gitanos se los acusa de hurtar y maltratar a los campesinos para robarles sus caballerías, robar niños, saquear los sembrados, circular en compañía de bandoleros, formar grupos armados, etc.. Algunas de las medidas que proponen para reprimirlos son, señalarles lugares para su residencia, impedirles el manejo de las caballerías, se les prohibía ser corredores de ganado, portar armas, el uso de su lengua y traje, etc.; pero tal vez una de las acusaciones más interesantes es la de caníbales. Cuando se comienza a percibir la fuerte intervención del Gitano dentro de la economía de la región, es cuando se inicia su persecución, y es cuando las diferencias culturales se transforman en mecanismos de exclusión y violencia, tanto así que la palabra calé con la que los Gitanos españoles se autodenominan, ha pasado al catalán con el significado de dinero. En esta medida podemos establecer una analogía de la expulsión de los Gitanos con la de los judíos, la cual está relacionada con la transferencia de fortunas dentro de la sociedad española.
Aparte de todo lo anterior, a los Gitanos se los acusaba también de carecer de religión, poligamia sucesiva, casarse sin respetar los grados prohibidos por la Iglesia, no cumplir con los preceptos del ayuno, comunión y bautismo, y ser hechiceros y adivinos. Con esto se puede ver como, si en un principio la Iglesia los "protegió", después los convirtió en principales herejes. Los factores económicos y religiosos, como en toda historia de occidente, están estrechamente ligados, y vemos en este caso un buen ejemplo de esto al convertirse los Gitanos en una amenaza social, al ir en contra del sistema ideológico- económico español. Pensamos que estamos más cerca de la realidad por las condiciones que se gestaron en la vida social española de repudio ante el comportamiento Gitano; es importante anotar que esta época coincide con el encuentro entre España y el pueblo de lo por ellos llamado caribe y el auge del imaginario sobre el canibalismo como mecanismo de dominación y sometimiento.
En la tensionante relación unida por el miedo mutuo, entre Gitanos y campesinos es probable que los primeros idearan comentarios y cuentos a manera de bromas, para establecer una jerarquía similar, a lo posiblemente sucedido en América entre indígenas (Panches y Pijaos) y españoles, cuando los primeros esparcían la idea de que eran caníbales; uno de los medios más importantes y hasta más fáciles para adquirir y controlar el poder, es el terror. Podemos apreciar, que en cierta forma, los Gitanos adquirieron una posición sobresaliente frente a la sociedad rural por el manejo dado a la violencia, de la que podían substraer beneficios.
La sociedad española en ese momento era muy inestable, los rezagos de las guerras afectaron tanto su situación económica como política, lo cual tuvo repercusiones en la nueva forma formación de la administración política y en una degeneración de la conciencia colectiva en las zonas rurales por los inicios del aún incipiente, capitalismo. Ante esta inestabilidad creada por el proceso de transición, los Gitanos adquirieron cierto poder gracias a su fuerza de cohesión colectiva por medio de la violencia, al fin y al cabo esto preservaba su esencia de ser Gitanos; su sociedad permaneció relativamente estable y diferenciada. Esto se demuestra en las continuas quejas de los súbditos, incluyendo a los campesinos, catalogándolos como ladrones y pícaros, además en las sentencias dictadas por el rey citadas anteriormente. No podemos dejar de considerar la posible validez de las quejas de éstos sobre los Gitanos. En toda historia hay una parte cierta y otra que lo es menos, este es el caso de la historia del pueblo Gitano en España.>>Lo que queremos aclarar, es que el rechazo causado por el pueblo Gitano rebasa los límites geográficos de España. Después de la llegada a Europa de los primeros grupos Gitanos, se manifestaron actitudes de rechazo hacia estas gentes extrañas, el sentimiento etnocéntrico europeo no les permitía aceptar un grupo de personas con indumentaria, lengua y costumbres diferentes. Ellos fueron despreciados y temidos, y los gobiernos se encargaron de manifestar ese sentimiento de rechazo y empezaron a articular políticas represivas y racistas.
Se señalan casos de persecución y esclavitud Gitana; en el siglo XIV (baja Edad Media) había Gitanos rumanos que eran esclavos del rey, la Iglesia, o los terratenientes. Hasta el siglo XIX no se liberaron de ese yugo. Joaquín Albaicín escribe: "una de las categorías serviles en que fueron divididos los esclavos gitanos en Rumania era la de los skopici; Gitanos que eran brutalmente castrados para que sirvieran de cocheros a las damas de alta alcurnia sin riesgo para sus maridos". El racismo se extiende con la colonización de otros pueblos por las potencias europeas. En plena era de expansión y descubrimiento del mundo, Europa formuló suposiciones científicas que promulgaban la diferencia entre los pueblos y, sobre todo, la superioridad de unos sobre otros. Esta superioridad legitimaba la explotación de los individuos considerados inferiores>>Los problemas raciales surgen cuando se empieza a gestar un cambio dentro de las relaciones económicas, y la sociedad fuertemente jerarquizada se ve quebrantada, debido a que actúan como mecanismo de restablecimiento de las divisiones entre clases.
Hemos inferido a través de lo investigado y escrito anteriormente, que la emigración Gitana a América fue una consecuencia del rechazo que generaron éstos, a los reyes y señores y a la población europea en general. Aunque también puede incluirse dentro de las causas de su migración, que éstos fueran considerados como buena mano de obra. "Para tener referencias sobre lo que acontecía con Portugal y su colonia en América, se puede transcribir lo siguiente: "Desde los últimos años del siglo XVI son numerosos los ejemplos de deportaciones de cingaros por los portugueses a sus "conquistas" (...) En 1629, el escritor Miguel Leitao d´Andrada preconizaba el embarque de cíngaros para (...) Brasil, más especialmente para la posesión de Maranhao. Se conoce, para el Brasil, un caso (...) ya en el siglo XVI: en 1574, el cíngaro Juan de Torres, condenado a cinco años de galeras por haberse sustraído a una orden general de expulsión, obtuvo una conmutación de pena, y fue enviado al Brasil con su mujer y sus hijos. Un decreto de agosto de 1686 estipulaba que los cíngaros que siguieran vagabundeando en Portugal serían deportados a Maranhao. El número de estos colonos debía ser bastante elevado puesto que inspiraron varios textos reglamentarios. Un Edicto sobre la policía de los cingaros en Brasil, firmado en Lisboa en 1760, les prohibía el porte de armas, la venta de caballos y el comercio de esclavos; obligaba a los niños a aprender oficios, a los adultos a ser soldados o bien empleados en obras de utilidad pública mediante un salario justo. Varios topónimos de Brasil incluyen las palabras "cigano, cigana" o "ciganas".
(Ver sobre el particular FRANCOIS DE VAUX DE FOLETIER. Mil Años de Historia de los Gitanos. Traducido del francés por Domingo Pruna. Plaza y Janés, S.A. Editores. Barcelona. 1974. Pp.58-59").[3]
En el trabajo referido en la cita anterior, se afirma que "Las primeras salidas de Rom de Europa con rumbo hacia América tuvieron ante todo un carácter disciplinario. Fue así como muchos Rom que se negaban a cumplir las órdenes de expulsión que se sucedían en Europa fueron enviados por la fuerza a las colonias americanas". Las primeras migraciones se dan en el tercer viaje de Colón.>>Es necesario aclarar que a las emigraciones forzadas siguió una emigración voluntaria. Los Gitanos buscaban nuevos territorios donde continuar con sus tradiciones, y seguir con su vida itinerante. Es un hecho que la presencia Gitana en América, tuvo lugar desde los inicios de la conquista española, un hecho que comprueba esto es la orden emitida para deportar a los Rom que se encontraban en el continente americano (op. cit). La persecución emprendida hace cincuenta años, en la segunda guerra mundial, fue otra de las presiones para las recientes migraciones de Gitanos.
Las condiciones que se dieron durante la colonia en América Latina, tuvieron particularidades que permitieron cierto tipo de adaptación. Cabe resaltar que los encomenderos españoles evitaban cualquier tipo de trabajo manual o que representara algún esfuerzo físico. Los indígenas servían como mano de obra, al igual que muchos esclavos, quedando así abierta parte de un sector laboral como es el artesanal, y de oficios varios; estas posibilidades pudieron dar cabida a los Gitanos en el sector. Para nosotros, una posibilidad es que con la creciente población mestiza y con la llegada de españoles al Nuevo Reino con pocas posibilidades de manutención, se hayan sumado a estos parte de la población Gitana.
En Colombia, los Rom fueron parte del fenómeno denominado como los arrochelados. Las rochelas eran, en principio, grupos heterogéneos de individuos de distinto origen étnico --negros escapados de las haciendas esclavistas, indígenas desarraigados de sus comunidades, blancos fugitivos de la justicia, y en fin un sinnúmero de mestizos y mulatos descastados que no encontraban un lugar en la sociedad colonial-- que se juntaban para vivir, o bien apartados y escondidos, o como itinerantes recorriendo amplias zonas, pero siempre evitando ser atrapados o capturados por las instituciones coloniales. (Torres Rincón: 1997: 4 y ss.).
Los Gitanos encontraron un lugar en esta reunión de comunidades y grupos culturalmente afines, que vivían en la ilegalidad, y de acuerdo a sus costumbres basadas en la reciprocidad y en la ayuda mutua, encajaron perfectamente en esta agrupación. De este modo, lograron ocultarse del poder colonial y desafiar sus leyes. La información que se tiene sobre el papel de los Gitanos durante la colonia, es dispersa y de difícil acceso, además casi toda está basada en tradición oral más no escrita. El proceso de afianzamiento de la cultura y tradición Gitana, tuvo como eje central la actividad comercial. Vamos a especular de acuerdo a lo que hemos consultado, sobre la importancia de esta actividad. El comercio es una actividad que tiene la peculiaridad de no ser autosuficiente; los Gitanos ejercen esta labor con el éxito suficiente para garantizar su subsistencia, el acerbo de su pasado es vivir de realizar esta actividad, pero también contribuyó a esta situación el hecho de que la economía colonial era, en teoría, un sistema cerrado donde era muy difícil acceder y ascender a otro tipo de actividades. No todos los trabajos tenían el mismo prestigio, el primer lugar lo ocupaba el terrateniente; para los Gitanos era muy difícil acceder a este tipo de rango o categoría. Como consecuencia de la gran habilidad comercial de los Gitanos, la corona española tomó medidas drásticas para contrarrestar la expansión de este oficio, ya que el hecho de que los Gitanos no tuvieran un lugar fijo, no permitía cobrar los impuestos correspondientes a esta práctica. Se exigió a los Gitanos dedicarse a la labranza y no a ninguna otra actividad. (NRLE, Ley 17, Artículo Y, Título II, Libro F). Esta medida fue tomada principalmente con el fin de sedentarizar a la población Gitana, todo esto con fines económicos.
Retomando la cuestión de discriminación racial, dicha situación en América no se dio entre etnias sino entre clases sociales que nosotros categorizamos como generales[4], estas son: blancos, mestizos, negros e indios (las dos últimas se establecieron a partir del siglo XVIII). De este modo, los Gitanos pueden ubicarse dentro de la categoría de mestizos por su condición de marginales; la calidad de mestizo tenía grados diferentes de clasificación pero en general eran marginados, pues no podían subsistir por sus propios medios. A lo largo del siglo XVIII con el incremento de la población mestiza, aumenta su poder económico y social, sin embargo los Gitanos como sociedad endogámica se excluye a sí misma de la sociedad mayoritaria (mestizos) y cada vez adquiere un carácter mucho más marginal e invisible que hasta el presente aparentemente ha persistido así.
No obstante, esta condición les ha servido como medio adaptativo y muchas veces el rechazo y los prejuicios hacia ellos por parte de la sociedad mayoritaria, ha sido recreado y alimentado por estos mismos.
Bogotá, D.C., 24 de mayo de 1999.
PRORROM - PROCESO ORGANIZATIVO DEL PUEBLO ROM (GITANO) DE COLOMBIA / PROTSESO ORGANIZATSIAKO LE RROMANE NARODOSKO KOLOMBIAKO [Organización Confederada a Saveto Katar le Organizatsi ay Kumpeniyi Rromane Anda´l Americhi, (SKOKRA)]
Enivado por: "Roma Virtual Network" <romale@zahav.net.il>
Por: JUAN PABLO NIETO - MARCELA OSPINA SALCEDO - CATALINA SÁNCHEZ LEYVA*
PRIMERA PARTE: PROCESO HISTÓRICO - IDENTIDAD GITANA Y RELACIONES INTERSOCIALES
Para explorar el mundo de la realidad Gitana, es necesario contextualizarla dentro de un proceso histórico que la defina en cuanto a su esencia, tradición y costumbres. Nos remitiremos a la compilación histórica hecha por Teresa San Román[1], y a fuentes diversas que citaremos más adelante, y de este modo lograr un mayor acercamiento a la historia de este pueblo.
El origen del pueblo Gitano se remite al noroccidente de la India para antes del año mil. La primera migración Gitana se sitúa en el siglo IX cuando el Islam invade la India y los pueblos del norte empiezan a emigrar hacia occidente. La segunda migración se produce en el siglo XIII, cuando los llamados Gitanos abandonan el territorio ante la presión de los ejércitos mongoles que están conquistando el territorio[2]
Grecia y Armenia fueron importantes puentes en el paso de estos grupos al continente europeo. Hacia la mitad del siglo XIV se destacan asentamientos Gitanos en todas las islas del Mediterráneo y en la Grecia continental. Poco a poco los grupos Gitanos se fueron extendiendo por toda Europa. Dependiendo de las costumbres, la zona geográfica que ocuparon y la variante dialectal de la propia lengua hablada por los Gitanos, se van configurando los grandes grupos que han sobrevivido hasta hoy en día: Kalé, Lovari, Sinti, Kalderash y Manouche.
La presencia de los Gitanos en España está registrada para el siglo XV. Llegados a la península a través de los Pirineos, esto atestiguado en un documento de 1425 cuando el rey Juan II de Aragón concede una cédula de paso a Juan y Tomás, los cuales se hacían llamar condes de Egipto menor; de este nombre surgiría la palabra Gitano por la cual se conoce en castellano a los Roma.>>Sin embargo en el primer libro citado, se hace referencia a dos oleadas distintas con diferentes procedencias, la primera es la mencionada anteriormente, y la segunda es a través del Mediterráneo ya en 1488. Cabe aclarar que la oleada más citada fue la primera, debido a las historias que los Gitanos proclamaban sobre su origen, y por la novedad de su presencia. Según otras fuentes, se registra una primera oleada en el siglo XIII por el sur de España.
La aceptación del grupo Gitano es una cuestión que genera muchas dudas, y más que esto, produce un gran impacto, debido a la situación vivida durante este período en la península Ibérica; en este momento el territorio sufre la etapa culminante de la reconquista española cristiana, y a pesar de esto es interesante ver como según las fuentes la aceptación de los Gitanos se da tanto en Aragón, como también en Castilla y los otros reinos. El siguiente párrafo contribuirá a aclarar el por qué de este hecho: "Llegaron a París doce penitentes, según ellos decían, a saber, un duque, un conde y diez hombres, todos a caballo, que se decían buenos cristianos, procedentes del bajo Egipto. Aseguraban, así mismo, que antes también habían sido cristianos, que éstos les habían sometido no mucho tiempo atrás, tanto a ellos como a todo su país, y que los habían hecho convertirse o morir a los que se rehusaban a cambiar de credo...Algún tiempo después de haber ellos abrazado la fe cristiana los sarracenos los asaltaron, se rindieron a estos enemigos y volvieron a ser sarracenos, renegando de nuestro señor. Ocurrió, más tarde, que los cristianos como el emperador de Alemania, el rey de Polonia y otros señores enterados que habían procedido con tanta falsía al abandonar sin mayor trabajo nuestra fe para retornar a su condición de sarracenos e idólatras, los atacaron y vencieron con facilidad...El emperador y los demás señores luego de larga deliberación y consejo, decidieron que en lo sucesivo los vencidos no poseerían tierras en su propio país, hasta que el Papa no consintiera en ello, para lo cual, era conveniente que fueran a ver al santo padre a Roma. Hacia allá marcharon todos, grandes y pequeños, con gran sufrimiento de los niños. Al llegar hicieron confesión general de los pecados...El papa les ordenó, como penitencia, que durante siete años seguidos anduvieran por el mundo sin acostarse en el lecho. Como ayuda de gastos dispuso que todo obispo o abad portador de báculo les diera por una sola vez diez libras tornesas; les entregó cartas de paso para los prelados de la Iglesia en las que hacía mención de lo por él dispuesto, y les dio su bendición. Se marcharon, pues y erraron por el mundo durante cinco años antes de llegar a París los doce de que he hablado, el 17 de agosto de 1427". Diario de un Burgués de París, 1427.
De lo anterior podemos inferir que la importancia del papa (Martín V 1417-1431) como representante de la Iglesia, legitima la presencia Gitana, a través de las cartas de presentación otorgadas por este; lo cual no es más que la autorización para su libre tránsito y buena acogida en los territorios por los cuales circularan . Esta situación cobra mayor importancia en la península Ibérica, por el poder e influencia de la religión, generados estos a través del conflicto con el Islam; cabe anotar que en la península a partir de la Reconquista, surgieron grupos de judíos y musulmanes conversos que no recibían el mismo trato, esto no puede pasar desapercibido, pues como hemos visto y como citaremos más adelante los Gitanos fueron bien acogidos a pesar de su calidad de conversos, según el dictado papal. Esta es una de las razones para tal hospitalidad, otra puede encontrarse en los títulos de nobleza que ostentaban, y en el atractivo de lo desconocido, pues estos recrearon y contaron mil historias extrañas sobre su origen, además manejaban artes quirománticas; esto entre otras cosas contribuyó a la imagen misteriosa y exótica que los seguiría hasta el presente. Según la compilación hecha por Teresa San Roman, la evolución del grupo Gitano en España puede dividirse en varios períodos, una primera etapa seria la caracterizada por la ausencia de conflictos desde su penetración hasta la promulgación de las primeras Pragmáticas reales contra ellos, dentro de esta se encuentra la situación anteriormente mencionada. La segunda es caracterizada por el deseo de la corona de expulsarlos.
Desde la Pragmática de 1499, hasta 1633 en que por una nueva Felipe IV revoca la anterior en pro de los criterios poblacionistas del periodo. Una tercera de integración legal desde 1633 hasta la última Pragmática, en este caso de Carlos III quien les declaró en 1783 iguales al resto de sus súbditos. En este periodo la corona intentara hacer desaparecer su nomadismo y convertirlos en personas productivas para el reino. La cuarta etapa sería a partir de la fecha anterior, donde no vuelve a promulgarse ninguna ley o decreto especifico para esta minoría, y es aquí donde puede comenzarse a hablar de la incorporación definitiva de los Roma a España.
Los edictos contra los Gitanos se caracterizaron por la negación explícita de su cultura y costumbres, es el caso de la Pragmática de los Reyes católicos en 1499, donde ordenaban la expulsión inmediata de los Gitanos concediéndoles un plazo de sesenta días para salir del reino o para que tomaran oficios conocidos; a los que no se acogieran a la ley se les daría cien azotes y se les desterraría a perpetuidad, si reincidían se les cortarían las orejas y permanecerían sesenta días encadenados. En caso de una tercera infracción serian esclavos para toda su vida. Estas sentencias serían el comienzo de una serie de leyes coercitivas, algunas bajo el velo de la permisividad. Una ley de 1528 en la cual se impartía el destierro para el que no tuviera oficio conocido, otra, de las impartidas por Felipe II en 1558 los obligaba a dejar su forma de vida tradicional para instalarlos en villorrios y poblados. El 28 de Junio de 1619 Felipe III da un plazo de seis meses para que estos salgan del reino bajo pena de muerte, a todos los gitanos que no se empleasen en el trabajo de la tierra. Felipe IV en 1633 prohibe a los Gitanos vivir en comunidad (entre ellos), usar su vestimenta tradicional, hablar su propia lengua, creer y practicar sus tradiciones, con pena de destierro de tres años. En este Edicto se dice que los Gitanos son españoles queriendo significar la negación de su cultura. En 1692 Carlos II prohibe a los Gitanos que vivan en pueblos de menos de tres mil habitantes, porten armas y se dediquen a oficios distintos a la agricultura.
Nuevamente Carlos II, en 1695, prohibe expresamente a los Gitanos ocuparse en sus oficios tradicionales, como el de la herrería y la forja de metales, tener caballos y abandonar el pueblo bajo la amenaza de ser conducidos a las galeras durante seis años. Un documento que se dio a conocer en Madrid en 1705, autorizaba a los corregidores y otros agentes de la justicia, a disparar contra los gitanos que anduvieran por los caminos y se negaran a entregar sus armas. Se autorizó, también, perseguirlos aún dentro de las iglesias de refugio (tierra consagrada), sitios tradicionalmente inviolables donde se podían refugiar los criminales perseguidos por la ley.
El 19 de septiembre de 1733 Carlos III prohíbe nuevamente a los Gitanos usar su propio idioma y seguir su tradición cultural. Los obliga a sedentarizarse y les fija un plazo de noventa días para que encuentren un oficio conocido. Un Decreto Prefectoral del año de 1802 hizo que en una noche todos los Gitanos del País Vasco se vieran rodeados de un inmenso cerco de policías y conducidos a los puertos del Atlántico para ser transportados a las colonias americanas. Únicamente la guerra marítima impidió llevar a cabo semejante proyecto. Después de una larga detención y como no se sabía que hacer con los gitanos, se tomó la determinación de dejarlos en libertad. (Ver al respecto a CLEBERT, Jean Paul. 1985. Los Gitanos. Barcelona: Biblioteca de Historia No.47. Ediciones Orbis, S.A. P.75 y ss.).
Tenemos pues que a los Gitanos se los acusa de hurtar y maltratar a los campesinos para robarles sus caballerías, robar niños, saquear los sembrados, circular en compañía de bandoleros, formar grupos armados, etc.. Algunas de las medidas que proponen para reprimirlos son, señalarles lugares para su residencia, impedirles el manejo de las caballerías, se les prohibía ser corredores de ganado, portar armas, el uso de su lengua y traje, etc.; pero tal vez una de las acusaciones más interesantes es la de caníbales. Cuando se comienza a percibir la fuerte intervención del Gitano dentro de la economía de la región, es cuando se inicia su persecución, y es cuando las diferencias culturales se transforman en mecanismos de exclusión y violencia, tanto así que la palabra calé con la que los Gitanos españoles se autodenominan, ha pasado al catalán con el significado de dinero. En esta medida podemos establecer una analogía de la expulsión de los Gitanos con la de los judíos, la cual está relacionada con la transferencia de fortunas dentro de la sociedad española.
Aparte de todo lo anterior, a los Gitanos se los acusaba también de carecer de religión, poligamia sucesiva, casarse sin respetar los grados prohibidos por la Iglesia, no cumplir con los preceptos del ayuno, comunión y bautismo, y ser hechiceros y adivinos. Con esto se puede ver como, si en un principio la Iglesia los "protegió", después los convirtió en principales herejes. Los factores económicos y religiosos, como en toda historia de occidente, están estrechamente ligados, y vemos en este caso un buen ejemplo de esto al convertirse los Gitanos en una amenaza social, al ir en contra del sistema ideológico- económico español. Pensamos que estamos más cerca de la realidad por las condiciones que se gestaron en la vida social española de repudio ante el comportamiento Gitano; es importante anotar que esta época coincide con el encuentro entre España y el pueblo de lo por ellos llamado caribe y el auge del imaginario sobre el canibalismo como mecanismo de dominación y sometimiento.
En la tensionante relación unida por el miedo mutuo, entre Gitanos y campesinos es probable que los primeros idearan comentarios y cuentos a manera de bromas, para establecer una jerarquía similar, a lo posiblemente sucedido en América entre indígenas (Panches y Pijaos) y españoles, cuando los primeros esparcían la idea de que eran caníbales; uno de los medios más importantes y hasta más fáciles para adquirir y controlar el poder, es el terror. Podemos apreciar, que en cierta forma, los Gitanos adquirieron una posición sobresaliente frente a la sociedad rural por el manejo dado a la violencia, de la que podían substraer beneficios.
La sociedad española en ese momento era muy inestable, los rezagos de las guerras afectaron tanto su situación económica como política, lo cual tuvo repercusiones en la nueva forma formación de la administración política y en una degeneración de la conciencia colectiva en las zonas rurales por los inicios del aún incipiente, capitalismo. Ante esta inestabilidad creada por el proceso de transición, los Gitanos adquirieron cierto poder gracias a su fuerza de cohesión colectiva por medio de la violencia, al fin y al cabo esto preservaba su esencia de ser Gitanos; su sociedad permaneció relativamente estable y diferenciada. Esto se demuestra en las continuas quejas de los súbditos, incluyendo a los campesinos, catalogándolos como ladrones y pícaros, además en las sentencias dictadas por el rey citadas anteriormente. No podemos dejar de considerar la posible validez de las quejas de éstos sobre los Gitanos. En toda historia hay una parte cierta y otra que lo es menos, este es el caso de la historia del pueblo Gitano en España.>>Lo que queremos aclarar, es que el rechazo causado por el pueblo Gitano rebasa los límites geográficos de España. Después de la llegada a Europa de los primeros grupos Gitanos, se manifestaron actitudes de rechazo hacia estas gentes extrañas, el sentimiento etnocéntrico europeo no les permitía aceptar un grupo de personas con indumentaria, lengua y costumbres diferentes. Ellos fueron despreciados y temidos, y los gobiernos se encargaron de manifestar ese sentimiento de rechazo y empezaron a articular políticas represivas y racistas.
Se señalan casos de persecución y esclavitud Gitana; en el siglo XIV (baja Edad Media) había Gitanos rumanos que eran esclavos del rey, la Iglesia, o los terratenientes. Hasta el siglo XIX no se liberaron de ese yugo. Joaquín Albaicín escribe: "una de las categorías serviles en que fueron divididos los esclavos gitanos en Rumania era la de los skopici; Gitanos que eran brutalmente castrados para que sirvieran de cocheros a las damas de alta alcurnia sin riesgo para sus maridos". El racismo se extiende con la colonización de otros pueblos por las potencias europeas. En plena era de expansión y descubrimiento del mundo, Europa formuló suposiciones científicas que promulgaban la diferencia entre los pueblos y, sobre todo, la superioridad de unos sobre otros. Esta superioridad legitimaba la explotación de los individuos considerados inferiores>>Los problemas raciales surgen cuando se empieza a gestar un cambio dentro de las relaciones económicas, y la sociedad fuertemente jerarquizada se ve quebrantada, debido a que actúan como mecanismo de restablecimiento de las divisiones entre clases.
Hemos inferido a través de lo investigado y escrito anteriormente, que la emigración Gitana a América fue una consecuencia del rechazo que generaron éstos, a los reyes y señores y a la población europea en general. Aunque también puede incluirse dentro de las causas de su migración, que éstos fueran considerados como buena mano de obra. "Para tener referencias sobre lo que acontecía con Portugal y su colonia en América, se puede transcribir lo siguiente: "Desde los últimos años del siglo XVI son numerosos los ejemplos de deportaciones de cingaros por los portugueses a sus "conquistas" (...) En 1629, el escritor Miguel Leitao d´Andrada preconizaba el embarque de cíngaros para (...) Brasil, más especialmente para la posesión de Maranhao. Se conoce, para el Brasil, un caso (...) ya en el siglo XVI: en 1574, el cíngaro Juan de Torres, condenado a cinco años de galeras por haberse sustraído a una orden general de expulsión, obtuvo una conmutación de pena, y fue enviado al Brasil con su mujer y sus hijos. Un decreto de agosto de 1686 estipulaba que los cíngaros que siguieran vagabundeando en Portugal serían deportados a Maranhao. El número de estos colonos debía ser bastante elevado puesto que inspiraron varios textos reglamentarios. Un Edicto sobre la policía de los cingaros en Brasil, firmado en Lisboa en 1760, les prohibía el porte de armas, la venta de caballos y el comercio de esclavos; obligaba a los niños a aprender oficios, a los adultos a ser soldados o bien empleados en obras de utilidad pública mediante un salario justo. Varios topónimos de Brasil incluyen las palabras "cigano, cigana" o "ciganas".
(Ver sobre el particular FRANCOIS DE VAUX DE FOLETIER. Mil Años de Historia de los Gitanos. Traducido del francés por Domingo Pruna. Plaza y Janés, S.A. Editores. Barcelona. 1974. Pp.58-59").[3]
En el trabajo referido en la cita anterior, se afirma que "Las primeras salidas de Rom de Europa con rumbo hacia América tuvieron ante todo un carácter disciplinario. Fue así como muchos Rom que se negaban a cumplir las órdenes de expulsión que se sucedían en Europa fueron enviados por la fuerza a las colonias americanas". Las primeras migraciones se dan en el tercer viaje de Colón.>>Es necesario aclarar que a las emigraciones forzadas siguió una emigración voluntaria. Los Gitanos buscaban nuevos territorios donde continuar con sus tradiciones, y seguir con su vida itinerante. Es un hecho que la presencia Gitana en América, tuvo lugar desde los inicios de la conquista española, un hecho que comprueba esto es la orden emitida para deportar a los Rom que se encontraban en el continente americano (op. cit). La persecución emprendida hace cincuenta años, en la segunda guerra mundial, fue otra de las presiones para las recientes migraciones de Gitanos.
Las condiciones que se dieron durante la colonia en América Latina, tuvieron particularidades que permitieron cierto tipo de adaptación. Cabe resaltar que los encomenderos españoles evitaban cualquier tipo de trabajo manual o que representara algún esfuerzo físico. Los indígenas servían como mano de obra, al igual que muchos esclavos, quedando así abierta parte de un sector laboral como es el artesanal, y de oficios varios; estas posibilidades pudieron dar cabida a los Gitanos en el sector. Para nosotros, una posibilidad es que con la creciente población mestiza y con la llegada de españoles al Nuevo Reino con pocas posibilidades de manutención, se hayan sumado a estos parte de la población Gitana.
En Colombia, los Rom fueron parte del fenómeno denominado como los arrochelados. Las rochelas eran, en principio, grupos heterogéneos de individuos de distinto origen étnico --negros escapados de las haciendas esclavistas, indígenas desarraigados de sus comunidades, blancos fugitivos de la justicia, y en fin un sinnúmero de mestizos y mulatos descastados que no encontraban un lugar en la sociedad colonial-- que se juntaban para vivir, o bien apartados y escondidos, o como itinerantes recorriendo amplias zonas, pero siempre evitando ser atrapados o capturados por las instituciones coloniales. (Torres Rincón: 1997: 4 y ss.).
Los Gitanos encontraron un lugar en esta reunión de comunidades y grupos culturalmente afines, que vivían en la ilegalidad, y de acuerdo a sus costumbres basadas en la reciprocidad y en la ayuda mutua, encajaron perfectamente en esta agrupación. De este modo, lograron ocultarse del poder colonial y desafiar sus leyes. La información que se tiene sobre el papel de los Gitanos durante la colonia, es dispersa y de difícil acceso, además casi toda está basada en tradición oral más no escrita. El proceso de afianzamiento de la cultura y tradición Gitana, tuvo como eje central la actividad comercial. Vamos a especular de acuerdo a lo que hemos consultado, sobre la importancia de esta actividad. El comercio es una actividad que tiene la peculiaridad de no ser autosuficiente; los Gitanos ejercen esta labor con el éxito suficiente para garantizar su subsistencia, el acerbo de su pasado es vivir de realizar esta actividad, pero también contribuyó a esta situación el hecho de que la economía colonial era, en teoría, un sistema cerrado donde era muy difícil acceder y ascender a otro tipo de actividades. No todos los trabajos tenían el mismo prestigio, el primer lugar lo ocupaba el terrateniente; para los Gitanos era muy difícil acceder a este tipo de rango o categoría. Como consecuencia de la gran habilidad comercial de los Gitanos, la corona española tomó medidas drásticas para contrarrestar la expansión de este oficio, ya que el hecho de que los Gitanos no tuvieran un lugar fijo, no permitía cobrar los impuestos correspondientes a esta práctica. Se exigió a los Gitanos dedicarse a la labranza y no a ninguna otra actividad. (NRLE, Ley 17, Artículo Y, Título II, Libro F). Esta medida fue tomada principalmente con el fin de sedentarizar a la población Gitana, todo esto con fines económicos.
Retomando la cuestión de discriminación racial, dicha situación en América no se dio entre etnias sino entre clases sociales que nosotros categorizamos como generales[4], estas son: blancos, mestizos, negros e indios (las dos últimas se establecieron a partir del siglo XVIII). De este modo, los Gitanos pueden ubicarse dentro de la categoría de mestizos por su condición de marginales; la calidad de mestizo tenía grados diferentes de clasificación pero en general eran marginados, pues no podían subsistir por sus propios medios. A lo largo del siglo XVIII con el incremento de la población mestiza, aumenta su poder económico y social, sin embargo los Gitanos como sociedad endogámica se excluye a sí misma de la sociedad mayoritaria (mestizos) y cada vez adquiere un carácter mucho más marginal e invisible que hasta el presente aparentemente ha persistido así.
No obstante, esta condición les ha servido como medio adaptativo y muchas veces el rechazo y los prejuicios hacia ellos por parte de la sociedad mayoritaria, ha sido recreado y alimentado por estos mismos.
Bogotá, D.C., 24 de mayo de 1999.
PRORROM - PROCESO ORGANIZATIVO DEL PUEBLO ROM (GITANO) DE COLOMBIA / PROTSESO ORGANIZATSIAKO LE RROMANE NARODOSKO KOLOMBIAKO [Organización Confederada a Saveto Katar le Organizatsi ay Kumpeniyi Rromane Anda´l Americhi, (SKOKRA)]
Enivado por: "Roma Virtual Network" <romale@zahav.net.il>
sexta-feira, 29 de maio de 2009
DIREITOS CIGANOS EM ROMANI E PORTUGUÊS
DEKLARATSIA LE RROMANE NARODOSKI ANDA'L AMERICHI
DECLARAÇÃO DO POVO CIGANO DAS AMÉRICAS
duj shib: Romanés, gadjenkesko portuguishisko em duas línguas: romani e português brasileiro Suato gadjekanes portuguishisko pala Nicolas Ramanush
Traduzido para o português por Nicolas Ramanush © SAVETO KATAR LE ORGANIZATSI AY KUMPENIYI RROMANE ANDA´L AMERICHI© CONSELHO DAS ORGANIZAÇÕES E CLÃS CIGANOS DAS AMÉRICAS
Nicolas Ramanush ay Ingrid Ramanush O manushas kay poronshil ECBPR – Nicolas Ramanush e Ingrid Ramanush são Diretores da Embaixada Cigana do Brasil Phralipen RomaniKado lil ayutisardiame tekerasle o:
Esta tradução está baseada em:O NARODO RROMANO O KAVER SHAV KATAR AMARI DEY E PHUVO POVO CIGANO O OUTRO FILHO DA MÃE TERRA CHIDINIMOS ROMANO ANDA'Y AMERIKACONCLAVE CONTINENTAL DO POVO CIGANO DAS AMÉRICAS--Kito (Ekuadori) de katar o 12to o 16to Martso 2001-Quito (Equador), de 12 a 16 de março de 2001
Le suskripti ramome Organizatsi ay kumpeniyi Rromane chidinime and'o malaymos: "O Narodo Rromano o kaver shav katar amari dey e phuv". Chidinimos kontinentosko katar o Narodo Rromano anda'l Americhi, ankerdo and'o Kito (Ekuadori) mashkar o 12to ay o 16to anda o 3to shon 2001 and'e stena katar o "Forumo anda'l Americhi pala o averfialo ay o pluraliteto".
As subscritas organizações e clãs ciganas reunidas no encontro " O Povo Cigano: O Outro Filho da Mãe Terra". Conclave Continental do Povo Cigano das Américas, celebrado em Quito (Equador) entre 12 e 16 de março de 2001 no início do " Foro das Américas pela Diversidade e a Pluralidade"SAR ZHANGLIOLPE VORTA, PALA
VEJA O CONTEÚDO EM SUA TOTALIDADE NO SITE DA
EMBAIXADA CIGANA DO BRASIL PHRALIPEN ROMANI, (BRASIL)
São Paulo - Capital / Brasil-Tel: (55+11) 9743-2449
http://www.embaixadacigana.com.br/index.htm
E-mail: nicolasramanush@ig.com.br , ingridramanush@ig.com.br
DECLARAÇÃO DO POVO CIGANO DAS AMÉRICAS
duj shib: Romanés, gadjenkesko portuguishisko em duas línguas: romani e português brasileiro Suato gadjekanes portuguishisko pala Nicolas Ramanush
Traduzido para o português por Nicolas Ramanush © SAVETO KATAR LE ORGANIZATSI AY KUMPENIYI RROMANE ANDA´L AMERICHI© CONSELHO DAS ORGANIZAÇÕES E CLÃS CIGANOS DAS AMÉRICAS
Nicolas Ramanush ay Ingrid Ramanush O manushas kay poronshil ECBPR – Nicolas Ramanush e Ingrid Ramanush são Diretores da Embaixada Cigana do Brasil Phralipen RomaniKado lil ayutisardiame tekerasle o:
Esta tradução está baseada em:O NARODO RROMANO O KAVER SHAV KATAR AMARI DEY E PHUVO POVO CIGANO O OUTRO FILHO DA MÃE TERRA CHIDINIMOS ROMANO ANDA'Y AMERIKACONCLAVE CONTINENTAL DO POVO CIGANO DAS AMÉRICAS--Kito (Ekuadori) de katar o 12to o 16to Martso 2001-Quito (Equador), de 12 a 16 de março de 2001
Le suskripti ramome Organizatsi ay kumpeniyi Rromane chidinime and'o malaymos: "O Narodo Rromano o kaver shav katar amari dey e phuv". Chidinimos kontinentosko katar o Narodo Rromano anda'l Americhi, ankerdo and'o Kito (Ekuadori) mashkar o 12to ay o 16to anda o 3to shon 2001 and'e stena katar o "Forumo anda'l Americhi pala o averfialo ay o pluraliteto".
As subscritas organizações e clãs ciganas reunidas no encontro " O Povo Cigano: O Outro Filho da Mãe Terra". Conclave Continental do Povo Cigano das Américas, celebrado em Quito (Equador) entre 12 e 16 de março de 2001 no início do " Foro das Américas pela Diversidade e a Pluralidade"SAR ZHANGLIOLPE VORTA, PALA
VEJA O CONTEÚDO EM SUA TOTALIDADE NO SITE DA
EMBAIXADA CIGANA DO BRASIL PHRALIPEN ROMANI, (BRASIL)
São Paulo - Capital / Brasil-Tel: (55+11) 9743-2449
http://www.embaixadacigana.com.br/index.htm
E-mail: nicolasramanush@ig.com.br , ingridramanush@ig.com.br
sábado, 23 de maio de 2009
SANTA SARA KALI - UMA LENDA?
RELIGIOSIDADE CIGANA
De: Assede Paiva <assedepaiva@yahoo.com.br
Para Helena Rêgo (cigana Sttrada)
Todos os povos têm seus ícones, sua religiosidade, suas crenças, e os ciganos também têm, por isso hoje vamos escrever sobre a religiosidade dos ciganos.
Para entendê-los melhor, vamos recuar no tempo até 2000 anos e tanto, até Nosso Salvador, Jesus. Desde já, estabeleçamos que a religiosidade cigana éincontestável. Crêem em Deus (Devel) e na entidade do mal (Beng). Fazem grandes peregrinações em 24/25 de maio a Saintes-maries-de-la-mer (França), em honra à santa Sara, onde promovem a slava a festa da Santa.
No Brasil são devotos de N. Sra. Aparecida. Isto se forem católicos. Ressaltamos que os ciganos adotam a religião do país que os acolhe. No Brasil temos ciganos católicos, evangélicos, testemunhas de Jeová, protestantes, espíritas, adventistas, umbandistas e outras. E são sinceros na crença que adotam.
Sara, diz a lenda, era serva egípcia de Maria Jacobé e Maria Salomé, tias de Jesus, que se crê terem sido levadas miraculosamente para as margens do Ródano, poucos anos depois da crucificação. Só nos meados do século XIX a presença dos ciganos entre outros peregrinos foi notada em Les-Saintes-Maries.
Está em livro cujo título é Os segredos do código, [da Vinci], editado por Dan Burstein, Sextante, 2004, pp.47/48: “São muitas as lendas que dizem ter Maria Madalena viajado à França (ou Gália na época) depois da crucificação de Jesus, acompanhada de um variado grupo de pessoas que inclui uma jovem serva negra chamada Sara, Maria Salomé e Maria Jacobina — supostamente tias de Jesus— além de José de Arimatéia, o rico proprietário do sepulcro onde Jesus foi colocado antes da ressurreição, e são Maximino, um dos setenta e dois discípulos mais próximos de Jesus e primeiro bispo de Provença.
Embora os detalhes da narrativa variem de versão para versão, parece que Madalena e seu séquito foram obrigados a fugir da Palestina em condições mais que precárias [...] Reza a lenda que eles desembarcaram (sem dúvida muito agradecidos, depois de vagarem por águas salgadas durante semanas) no que hoje é a cidade de Saintes-maries-de-la-mer, nas terras úmidas da Camargue, onde o Ródano deságua no Mediterrâneo.
As três Marias —Maria Madalena, Maria Jacobina e Maria Salomé — são objeto de grande veneração na igreja que se ergue dos charcos circundantes como uma imponente vela de navio, ao passo que na cripta há um altar dedicado a Sara, a egípcia, a pequena serva negra de Maria Madalena, hoje a adorada santa padroeira dos ciganos que afluem à cidade no feriado de 25 de maio, quando milhares de fieis devotados conduzem a estátua de Sara até o mar, para sua imersão cerimonial. O fato de a tradição medieval considerar os ciganos originários do Egito —egypsies — confere sentido à sua veneração da menina egípcia Sara...”
As lendas têm muitas versões por isso são lendas, ficamos com uma adaptação que seria a seguinte: Maria Madalena era o cálice sagrado (Santo Graal), porque trazia em seu ventre o sangue real, a semente de Jesus. Ela teria passado alguns anos em Alexandria, no Egito e Sara seria sua filha e de Jesus, constituindo-se na linhagem sagrada. Maria Madalena por motivo desconhecido (perseguição talvez), fugiu para a Gália, com Sara e José de Arimatéia. Lá foram acolhidos pelos ciganos. Sara é venerada pelos ciganos, até porque Madalena, sua mãe, também é conhecida por Madalena Egipcíaca. Isto faz sentido, os ciganos seriam os verdadeiros guardiães da linhagem sagrada através de veneração à Santa Sara. Curioso é o fato de que a Igreja (católica) não considera Sara como santa em sua hagiografia. Por que? Que nos respondam os que sabem!
Sara seria, portanto, para nós a Santa das Santas e os ciganos seus filhos diletos. Que bom!!!
Asséde Paiva
http://www.ciganosbrasil.com/
De: Assede Paiva <assedepaiva@yahoo.com.br
Para Helena Rêgo (cigana Sttrada)
Todos os povos têm seus ícones, sua religiosidade, suas crenças, e os ciganos também têm, por isso hoje vamos escrever sobre a religiosidade dos ciganos.
Para entendê-los melhor, vamos recuar no tempo até 2000 anos e tanto, até Nosso Salvador, Jesus. Desde já, estabeleçamos que a religiosidade cigana éincontestável. Crêem em Deus (Devel) e na entidade do mal (Beng). Fazem grandes peregrinações em 24/25 de maio a Saintes-maries-de-la-mer (França), em honra à santa Sara, onde promovem a slava a festa da Santa.
No Brasil são devotos de N. Sra. Aparecida. Isto se forem católicos. Ressaltamos que os ciganos adotam a religião do país que os acolhe. No Brasil temos ciganos católicos, evangélicos, testemunhas de Jeová, protestantes, espíritas, adventistas, umbandistas e outras. E são sinceros na crença que adotam.
Sara, diz a lenda, era serva egípcia de Maria Jacobé e Maria Salomé, tias de Jesus, que se crê terem sido levadas miraculosamente para as margens do Ródano, poucos anos depois da crucificação. Só nos meados do século XIX a presença dos ciganos entre outros peregrinos foi notada em Les-Saintes-Maries.
Está em livro cujo título é Os segredos do código, [da Vinci], editado por Dan Burstein, Sextante, 2004, pp.47/48: “São muitas as lendas que dizem ter Maria Madalena viajado à França (ou Gália na época) depois da crucificação de Jesus, acompanhada de um variado grupo de pessoas que inclui uma jovem serva negra chamada Sara, Maria Salomé e Maria Jacobina — supostamente tias de Jesus— além de José de Arimatéia, o rico proprietário do sepulcro onde Jesus foi colocado antes da ressurreição, e são Maximino, um dos setenta e dois discípulos mais próximos de Jesus e primeiro bispo de Provença.
Embora os detalhes da narrativa variem de versão para versão, parece que Madalena e seu séquito foram obrigados a fugir da Palestina em condições mais que precárias [...] Reza a lenda que eles desembarcaram (sem dúvida muito agradecidos, depois de vagarem por águas salgadas durante semanas) no que hoje é a cidade de Saintes-maries-de-la-mer, nas terras úmidas da Camargue, onde o Ródano deságua no Mediterrâneo.
As três Marias —Maria Madalena, Maria Jacobina e Maria Salomé — são objeto de grande veneração na igreja que se ergue dos charcos circundantes como uma imponente vela de navio, ao passo que na cripta há um altar dedicado a Sara, a egípcia, a pequena serva negra de Maria Madalena, hoje a adorada santa padroeira dos ciganos que afluem à cidade no feriado de 25 de maio, quando milhares de fieis devotados conduzem a estátua de Sara até o mar, para sua imersão cerimonial. O fato de a tradição medieval considerar os ciganos originários do Egito —egypsies — confere sentido à sua veneração da menina egípcia Sara...”
As lendas têm muitas versões por isso são lendas, ficamos com uma adaptação que seria a seguinte: Maria Madalena era o cálice sagrado (Santo Graal), porque trazia em seu ventre o sangue real, a semente de Jesus. Ela teria passado alguns anos em Alexandria, no Egito e Sara seria sua filha e de Jesus, constituindo-se na linhagem sagrada. Maria Madalena por motivo desconhecido (perseguição talvez), fugiu para a Gália, com Sara e José de Arimatéia. Lá foram acolhidos pelos ciganos. Sara é venerada pelos ciganos, até porque Madalena, sua mãe, também é conhecida por Madalena Egipcíaca. Isto faz sentido, os ciganos seriam os verdadeiros guardiães da linhagem sagrada através de veneração à Santa Sara. Curioso é o fato de que a Igreja (católica) não considera Sara como santa em sua hagiografia. Por que? Que nos respondam os que sabem!
Sara seria, portanto, para nós a Santa das Santas e os ciganos seus filhos diletos. Que bom!!!
Asséde Paiva
http://www.ciganosbrasil.com/
SLAVA DE SANTA SARA KALI
Pèlerinage de Mai
Roms, Manouches, Tsiganes et Gitans arrivent des quatre coins d’Europe et même d’autres continents pour vénérer leur Sainte, Sara la Noire. Ils s’installent dans les rues, sur les places, au bord de la mer. Pendant huit à dix jours, ils sont ici chez eux. Le pèlerinage est aussi l’occasion de retrouvailles et la plupart des enfants sont baptisés dans l’église des Saintes.
A la suite de la descente des châsses le 24 mai, la statue de Sara est portée par les gitans jusqu’à la mer pour symboliser l’attente et l’accueil des Saintes Maries par Sara, patronne des gitans. La procession revient alors à l’église dans la joie des acclamations, des instruments de musique et du carillon des cloches de de l’église.
La statue de Sara se trouve dans la crypte de l’église, à droite de l’autel, revêtue de robes multicolores et de bijoux.
Roms, Manouches, Tsiganes et Gitans arrivent des quatre coins d’Europe et même d’autres continents pour vénérer leur Sainte, Sara la Noire. Ils s’installent dans les rues, sur les places, au bord de la mer. Pendant huit à dix jours, ils sont ici chez eux. Le pèlerinage est aussi l’occasion de retrouvailles et la plupart des enfants sont baptisés dans l’église des Saintes.
A la suite de la descente des châsses le 24 mai, la statue de Sara est portée par les gitans jusqu’à la mer pour symboliser l’attente et l’accueil des Saintes Maries par Sara, patronne des gitans. La procession revient alors à l’église dans la joie des acclamations, des instruments de musique et du carillon des cloches de de l’église.
La statue de Sara se trouve dans la crypte de l’église, à droite de l’autel, revêtue de robes multicolores et de bijoux.
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