domingo, 30 de janeiro de 2011
CIGANOS: O FUTURO EM SUAS MÃOS
Ciganos: o futuro em suas mãos
Fonte: http://www.dhnet.org.br/inedex.htm
Autor: Luciano Mariz Maia - LucianoM@...
“A Constituição Federal de 1988 atribuiu ao Ministério Público Federal a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; e a defesa judicial dos direitos e interesses das populações indígenas. Um dos resultados práticos foi a criação, na Procuradoria da República, da Coordenadoria de Defesa dos Direitos e Interesses das Populações Indígenas/CDDIPI. A Lei Complementar 75, de 20.05.1993, ampliou ainda mais a ação do MPF ao atribuí-lo também a proteção dos interesses relativos às comunidades indígenas e minorias étnicas (Art. 6, VII, "c"). Diante disto, em abril de 1994, a CDDIPI foi substituída pela Câmara de Coordenação e Revisão dos Direitos das Comunidades Indígenas e Minorias (conhecida como 6a Câmara), incluindo-se nestas também as comunidades negras isoladas (antigos quilombos) e os ciganos.
Para a defesa das minorias indígenas, o MPF pode dispor de inúmeras publicações sobre os povos indígenas, escritas por dezenas de antropólogos brasileiros e estrangeiros que já realizaram ou estão realizando pesquisas de campo entre povos indígenas. Além disto, existe ainda um órgão governamental - a Fundação Nacional do Índio - que tem como incumbência cuidar da defesa dos interesses indígenas, baseando-se na Lei no. 6.001/73, mais conhecida como o Estatuto do Índio.
A defesa dos direitos e interesses ciganos, no entanto, é bem mais difícil e complexa, porque a bibliografia sobre ciganos no Brasil é muito reduzida e mal chega a uma dúzia de ensaios científicos, por causa da quase inexistência de antropólogos e outros cientistas que realizaram ou realizam pesquisas de campo sobre ciganos brasileiros, existindo de modo incipiente e desestruturado, organizações não-governamentais de apoio aos ciganos, ou organizações ciganas, e inexistindo um órgão governamental e uma legislação específica em defesa dos direitos e interesses ciganos.
Como toda minoria étnica (ou religiosa, ou lingüística), os ciganos têm direitos fundamentais. O primeiro deles é o direito a não ser objeto de discriminação. E a discriminação ocorre quando os ciganos recebem tratamento distinto do concedido aos não ciganos, unicamente em razão de sua pertinência a seu grupo étnico. Assim ocorre, por exemplo, quando seus vizinhos sempre atribuem a autoria de qualquer pequeno delito contra o patrimônio aos membros da comunidade cigana, pelo só fato de, por preconceito, acharem que são eles os mais propensos a tais investidas. É comum a população acusar os ciganos de delitos que a própria população é que pratica.
Outra forma de discriminação é a imposição de um tratamento igual, sem respeitar as diferenças. Na educação, por exemplo, transmitindo conteúdos e valores sociais como forma de assimilação cultural, desconsiderando a pauta de valores, as crenças, os padrões de comportamento aplicados pelo grupo minoritário. E considerando a língua não como tal, mas como um mero ‘dialeto’ aplicado para despistar a polícia!
Em países europeus, há experiências de sucesso em educação especial para os ciganos, do mesmo modo que há, no Brasil, experiências de sucesso em educação especial para os índios. Nesses exemplos, é sempre prioritário mencionar a necessidade de produção de material didático-pedagógico, tanto para os alunos quanto para os professores, em razão da especificidade cultural dos ciganos, e objetivando utilização do mesmo como instrumento de superação dos preconceitos existentes, os quais são geradores de discriminação social, bem como levar em conta os modos tradicionais de transmissão das experiências e do saber, e métodos e técnicas pedagógicas (tanto ensinando os ofícios, quanto a língua e a reprodução dos usos e costumes sociais e grupais).
Os ciganos continuam aí. Alguns na estrada. Muitos já fora dela, quando nada temporariamente. Mas todos merecedores da atenção, do conhecimento e do respeito de todos nós. Nosso futuro pode até ser lido nas mãos das ciganas. E o futuro dos ciganos, em grande parte, está em suas crianças, suas tendas e em suas estradas. Mas também está nas mãos dos órgãos públicos e dos governos, como também da sociedade, que há de fazer esforços para conhecê-los, e assim respeitá-los, na essência de sua dignidade de pessoa humana, e no exercício dos seus direitos fundamentais.”
sábado, 25 de dezembro de 2010
MENSAGEM DE NATAL
Que a Festa de Natal de todos seja a festa do renascimento da criança interior, sem esquecer, porém, as crianças carentes que vivem espalhadas por aí... (Helena Rego/Calin Sttrada).
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
SAÚDE É O QUE INTERESSA...
RETORNANDO!!!
Oi, pessoal! Peço humildes DESCULPAS a todos Vocês, mas, para mim, 2010 foi um ano meio complicado em termos de saúde. Estive internada várias vezes para finalmente obter meu diagnóstico: Neuropatia Diabética; Artrite Reumatoide; Miofibralgia, e, inclusive, Angina no peito, tudo por conta da minha falta de cuidado comigo mesma. Por favor não sigam meu péssimo exemplo...rs.
Imaginem que minha cabeça, ficou a mil por segundo, me impossibilitando de me concentrar para fazer várias coisas, inclusive escrever por aqui...
Agora, estou retornando meio devagar, porém, animada, embora, ainda envolvida com médicos, consultas, exames, remédios, e, também, com muita fé numa provável recuperação, coisa que já percebo estar acontecendo, graças ao Eterno.
Ainda bem que o ano está acabando e logo estaremos em 2011. Que ele seja maravilhoso, pródigo, próspero e absolutamente harmonioso para todos nós, com a agilidade da regência do planeta Mercúrio.
Por falar nisso, mesmo dódoi, não fiquei parada, andei incursionando pela Astrologia Cabalística: http://www.youtube.com/watch?v=mFcO74xlJc8 vejam o vídeo da entrevista do meu Prof. Yair Alon, e, com ele mesmo, voltei ao estudo do amado idioma Hebraico; também estive atenta às minhas aulas de Cabala e Torá Mística, com o Prof. Ian Mecler, do Portal da Cabala/RJ;
e dei duas Palestras: uma, sobre "diversidade racial e cultural" atualizando esse tema a nível do "povo cigano" no CAPE/COREN para o lançamento do Sêlo - 9º Objetivo do Milênio sem o Racismo, promovido pela AAFESP (Associação de Anemia Falciforme do Estado de São Paulo, ONU e PNUD que são organismos internacionais), à convite da minha amiga Rosana Néspoli com a juda da seguinte Mensagem enviada pelo nosso Barô Nicolas Ramanush:
----- Original Message -----
From: Embaixada Cigana do Brasil Phralipen Romani
To: helenarego@uol.com.br
Cc: ciganasttrada@hotmail.com
Sent: Thursday, December 02, 2010 8:49 PM
Subject: síntese
Minha amada Calin, eis a síntese combinada:
Recentemente estivemos na Eslováquia representando a cultura cigana do Brasil com música e dança no International gypsy Fest.
Participamos do Encontro da Diversidade e Reunião Técnica do Mercosul a convite do Ministério da Cultura
Eu participei da 11ª Reunião do Conselho Nacional de Política Cultural a convite do Ministério da Cultura e da Educação.
Realizamos mais uma Festa de Natal para crianças carentes do acampamento de Guarulhos.
Assinamos um acordo de parceria com a Defensoria Pública de São Paulo no sentido de proteger os ciganos contra o preconceito e a discriminação.
Nosso site www.embaixadacigana.com.br=20
Mensagem de Nicolas Ramanush:
" A palavra cigano não deve ser generalizada: somos uma riqueza de diversidade cultural representada pelos nossos diversos clãs existentes em todo o mundo; Não pleiteamos um território, pois, nossa pátria é onde estão os nossos pés. Nossa Ong Embaixada Cigana do Brasil não levanta a bandeira do cigano contra o preconceito, e sim conclama à razão contra a generalização.
bjs Calin e Boa Sorte!!! Ramanush.
e outra Palestra para o SEESP: "O Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo – representado por sua presidente Enfermeira Drª. Solange Aparecida Caetano, não poderia deixar de CONVIDAR V.Sª., para ministrar palestra sobre os POVOS CIGANOS , com foco em saúde" - para mim, um assunto polêmico e complicado, pois, não há quase nenhum tipo de assistência nesse sentido, quando o nosso povo adoece - mas, fiquei feliz e agradeço a oportunidade de dar meu recado, espero, que doravante, possamos fazer grandes parcerias... e finalmente, estou aqui, querendo repassar muitas informações para Vocês. Grata pela compreensão de todos! Sua, calin Sttrada (Helena Rego).
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
EMBAIXADA CIGANA DO BRASIL
Embaixada Cigana do Brasil - PHRALIPEN ROMANI - SAO PAULO (SP)
A Embaixada Cigana do Brasil Phralipen Romani é uma Sociedade Civil, sem fins lucrativos, de caráter social, cultural e assistencial, que objetiva diminuir as diferenças através da cultura. Somos pessoas imbuídas de um mesmo ideal: resgatar, fomentar e preservar a cultura cigana (que é nossa própria identidade) e auxiliar os membros de clãs que ainda encontram obstáculos de acessibilidade à cidadania (documentos de identificação civil), à saúde pública e ao ensino. Além disso, existem as dificuldades relativas à inclusão cultural e à preservação das tradições e do patrimônio cultural que também fazem parte de nossa meta no sentido de: Defender, recuperar e valorizar a história e as tradições étnicas e culturais do nosso povo assim como proteger os direitos patrimoniais consuetudinários e o patrimônio cultural e intelectual do povo cigano. Através de planejamentos a entidade desenvolve projetos e ações voltadas aos membros de clãs menos favorecidos dando a eles a oportunidade de práticas de cidadania. Assim como, também desenvolve projetos voltados aos não-ciganos visando, através da cultura, diminuir os preconceitos e criar a possibilidade de integração social. Beneficia famílias ciganas ou não-ciganas de baixa-renda, com assessoria educacional, legal e psicológica. Composta por representantes de vários clãs ciganos e colaboradores de cultura não-cigana, valoriza o processo de construção de uma sociedade justa.
Nicolas Ramanush Presidente
domingo, 22 de novembro de 2009
Romani Book: Torn Away Forever
In this book, written in the traditional Gypsy style of family biography, Yvonne Slee gives us a collection of stories about her ancestors who lived in Germany in the twentieth century. She begins with her great grandfather, called August, "torn away" from his Gypsy relations to be adopted into an uncaring family with a vicious stepfather. Running away at 15, August finds employment and friendship amongst Gypsies who teach him how to survive, and eventually marries a German woman and raises a family, including Elsa, Yvonne's grandmother. They adopt a disabled Gypsy boy called Freddy. As a half-Gypsy, with dark skin and long black hair, Elsa experiences racism at school, where her plait is cut off during a lesson by a spiteful classmate. She finds solace playing with friends in a nearby Gypsy encampment.
Conditions in Germany during First World War force Elsa's mother to go to the woods to pick berries and nuts, while August hunts for animals. In the 1930's, Elsa notices ethnic families being taken from their homes to be "rehoused." Each time a truck appears in the street, her mother grabs Freddy and hides at the home of a friend, while August disappears till the danger passes. Eventually, Freddy is snatched away by the authorities and put in a home for the handicapped. The family eventually discover the dreadful truth - he has been sent to a concentration camp and gassed.
Elsa marries an anti-Nazi called Willy, who is called up during the Second World War. After he is killed at the front, Elsa is left to bring up their young children alone. Almost arrested for being non-Aryan, she is rescued by an acquaintance, and lives out the rest of the war living on food she gathers from the forest. Surviving bombs, semi-starvation, and the destruction of her home, Elsa lives to the age of 80. Despite its sad theme, the book has many lively incidents. Elsa is almost gored by a bull, narrowly escapes drowning, and uncovers a butcher's pet-stealing scam. Yvonne Slee writes with compassion about a family surviving the Holocaust and war.
Janna Eliot. London, UK
Link: http://cgi.ebay.com.au/ws/eBayISAPI.dll?ViewItem&item=200407839091&ssPageName=ADME:L:LCA:AU:1123
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
O AMOR É NOSSA MAIOR ESPERANÇA
Essa frase maravilhosa, carinhosa e verdadeira é do nosso Barô (Sinto) Nicolas Ramanush que nos parabeniza pelo trabalho que está sendo feito em prol do Natal das Crianças ciganas do Acampamento do Itaim Paulista-Zona Leste/SP cuja festa será realizada no próximo dia 05/12 e para a qual contamos com a colaboração de todos Vocês, nossos leitores e companheiros de jornada nesse Blog.
Recado do Nicolas sobre o evento ROMANI ROTA da Embaixada Cigana do Brasil "Phraliopen Romani" que acontecerá no dia 02/12 na Universidade UMAPAZ.
Ver acima, o material de divulgação.
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